quinta-feira, 8 de maio de 2014


Muitas frutas possuem propriedades curativas e podem se tornar uma maneira econômica, prática e saborosa de eliminar alguns mal-estares passageiros. 

 


O maracujá é uma trepadeira que cresce geralmente ao pé das grandes árvores. Possui folhas grandes, flores coloridas, cálice verde por fora, branco e lilás por dentro. São muito vistosas. O fruto é amarelo. A palavra maracujá vem do idioma tupi, que significa “alimento dentro da cuia”. Existem vários gêneros de maracujá. As flores são características. 

O maracujá é nativo do Brasil, mas hoje pode ser encontrado em partes da Europa, Estados Unidos e em outros países de clima tropical.
As propriedades químicas características do maracujá são: alcalóides, sais minerais, vitaminas, A, B1, B2, C, entre outros, além de grande quantidade de potássio, saponina e pectina.

Uso Medicinal:
Dentre as propriedades terapêuticas destacam-se: sedativa, emenogoga, antiinflamatória, depurativa, vermífuga, antiespasmódica, analgésica, antidisentérica, ansiolítica, antialcoólico, (antidrogas heroína, maconha, etc).
Entre as indicações constam: irritabilidade, insônia, perturbação da menopausa, hipertensão arterial, excitação nervosa, estresse, hemorróidas e desequilíbrio do sistema nervoso central.

Nos eventos epiléticos, o uso regular da infusão das folhas diminui a intensidade e a freqüência das crises.
A ação sedativa do maracujá faz com que alcoólicos e drogados suportem melhor o desejo de usar as drogas e ajuda a superar a ansiedade que os acompanha.

Existem, mais ou menos, 160 espécies diferentes de maracujá, sendo que apenas 60 produzem frutos.
A vitamina C estimula o sistema imunológico melhorando as defesas naturais do organismo, contra os invasores externos. A polpa é rica em betacaroteno e possui grande quantidade de potássio, que pode reduzir os riscos de derrames cerebrais, segundo relatam pesquisas recentes.

O New England Journal of Medicine publicou estudos mostrando que as pessoas cuja dieta era pobre em potássio, foram consideradas três vezes mais sujeitas ao risco de morte após derrame cerebral, quando comparadas com as que se alimentavam com frutas ricas naquele elemento. A pesquisa afirmou também, que uma porção diária de frutas e vegetais frescos pode reduzir em 40% os riscos de derrame cerebral, independente de outros fatores.

Conhecidas pesquisas da Universidade John Hopkins, EUA, sugerem que o aumento no consumo de potássio pode contribuir para baixar facilmente a pressão sangüínea das pessoas em geral, servindo como alternativa para os remédios ou drogas de hipertensão não muito acentuada.

Craig C. Frank, da Associação Dietética Americana, e epidemiologista da Universidade Estadual de Louisiana, EUA, reforça o mesmo conceito: “A adição de uma fruta a mais na dieta oferece maior proteção contra a morte causada por derrames cerebrais.”

As folhas do maracujá têm substâncias capazes de atuar como depressoras do sistema nervoso central. Esses elementos possuem ação semelhante aos neurolépticos, potentes tranqüilizadores usados no tratamento de doenças mentais graves como a esquizofrenia. Segundo o Dr. J. Roberto Leite, da Escola Paulista de Medicina, substâncias sedativas e tranqüilizantes foram encontradas nos extratos de folhas secadas à sombra.

Preparação e emprego:
Uso externo:

Artritismo e gota: Chá das folhas por decocção, sob a forma de banhos quentes ou sob a forma de cataplasmas.

Hemorróidas: Uso externo. Folhas trituradas, aplicadas sobre os tumores hemoroidais, ou chá por decocção, sob a forma de clister.

Uso interno:
Folhas e raízes: para insônia, excitação nervosa ou irritabilidade.

Chá por decocção: Uma xícara, uma a três vezes ao dia.

Para alcoólicos e toxicômanos: Preparar 100g de folhas por infusão, num litro d’água, adoçando com mel. Tomar um copo quatro vezes ao dia.

O fruto é excelente para fazer suco, pois ainda assim conserva seus princípios ativos.


Fonte:




guaraná é uma planta com origem amazónica.

Pode, porém, ser encontrado noutros países como, por exemplo, o Peru, a Colômbia e a Venezuela.

O nome científico desta planta é Paullinia cupana Kunth e pertence a família Sapindaceae.

O nome Paullinia foi atribuído por Lineu ao género a que pertence o guaraná em homenagem ao médico e botânico alemão Simon Pauli.
É também conhecido por uaraná, narana, guaranauva, guaranaina, guaraná cerebral e guaraná-da-amazônia.

O fruto proveniente desta planta, denominado por guaraína, possui grandes quantidades de cafeína e é essa a razão pela qual é usado na elaboração de xaropes, refrigerantes, barras energéticas e afins.
Em Portugal e em muitos outros países, é possível encontrar “Guaraná Antárctica” um refrigerante que foi extremamente popular na década de 1990.
Por exemplo, no Brasil, esta bebida já existe desde Abril de 1921 e era usada pelas tribos Saterê-Mawê, Mundurucu, Parintins, entre outras, para fornecer energia para grandes caminhadas, caças, ou seja, actividades que exigem muito esforço.

O guaraná, como estimulante que é, aumenta a resistência durante os esforços mentais e físicos, retarda a fadiga, aumenta a rapidez e a clareza dos pensamentos, estimula o apetite, combate o envelhecimento prematuro, ajuda o organismo na desintoxicação do sangue, regula o ritmo cardíaco, combate a obesidade, a dispepsia (dificuldade na digestão) e a arteriosclerose (endurecimento da parede das artérias e aumento da tensão arterial). 

A planta, que é considerada como adaptogénia (reforça o organismo), é utilizada para tratamento de enxaquecas, nevralgias (dor intensa nos nervos periféricos). Também é utilizada como diurético (produz mais urina) e anti-diarreico (previne a diarreia). Há quem a utilize também como um ligeiro afrodisíaco. Não podemos deixar, porém, de referir que, quando ingerida em excesso, esta bebida pode provocar efeitos secundários como insónias, azia e, em certos casos, uma certa dependência.

A partir desta planta também são produzidos comprimidos que são extremamente energéticos com o mesmo efeito que a bebida. A diferença é que, nestes casos, a cafeína está muito mais concentrada. Pois, embora possa parecer estranho, o guaraná tem um teor em cafeína maior do que o próprio café, entre 4 e 8% e entre 1 e 2.5% respectivamente.

O guaraná é composto por adenina, alantoina, alfa-copaeno, anetole, cafeína, carvacrol, cariofileno, catequinas, ácido catechutannic, colina, dimetilbenzeno, dimetilpropilfenol, estragol, glucose, guanina, hipoxantina, limonena, mucilagem, ácido nicotínico, proantocianidinas, proteína, resina, ácido salicílico, amido, sucrose, ácido tânico, taninos, teobromina, teofilina, timbonina e xantina.

A dose recomendada é uma colher de café (2g) ao meio-dia com um copo de sumo de frutas. Há quem toma esta dose antes de uma actividade de esforço ou de uma noite animada.

Não é aconselhado tomar guaraná durante a gravidez ou o amamentamento. À semaljança do que que acontece com as plantas que contêm cafeína, o guaraná não é aconselhável a pessoas que sofram de hipotensão (tensão arterial demasiado baixa), de problemas cardíacos, diabetes, úlceras e epilepsia.

É necessário ter algum cuidado aquando da toma do guaraná quando se toma medicamentos anticoagulantes, e isto porque o guaraná pode potencioalizar o efeito destes medicamentos. Pode provocar o efeito contrário (dor de cabeça) se for utilizado com os inibidores da MAO (monoamine oxydase) ou uma enzima que catalisa a oxidação de muitos componentes do organismo, tal como a epiferina.


Fonte





A banana é um fruto da bananeira, uma plana herbácea, não é uma arvore, apesar do seu tamanho, é da família ( Musa Sapientum).

 As bananas constituem o quarto alimento mais produzido no mundo, perdendo apenas para o arroz, milho e o trigo. 

Existem variedades de bananas cultivadas em todo o planeta terra. Mais de 130 países, sendo originárias do sudeste da Ásia, atualmente cultivada praticamente em todas as regiões tropicais.

 Hoje o Equador, Costa Rica, Colômbia, Brasil e as Filipinas, são ao principais produtores de banana. A banana tem um grande auge para exportação, sendo a União Europeia e os Estados Unidos as principais potencias importadoras.

Qualidades alimentares e virtudes terapêuticas:
O interesse nutritivo da banana é muitas vezes subestimado. Uma mistura muito complexa a cerca de 350 compostos voláteis (produtos químicos) está na origem do aroma principalmente o da banana.

A banana é um fruto rico em carbono que se transformam à medida que amadurece. Primeiro sob forma de amido (29%) pouco digerível, convertem-se progressivamente em frutose, glucose e sacarose sendo rapidamente assimiláveis. A banana é um alimento energético à base de glucídios (substâncias hidrocarbonadas) com um índice glucídico médio (62) complementado por diversos minerias e oligo-elementos.
- A banana contém flúor (F). È rica em potássio (K): uma banana por dia assegura as necessidades de potássio e de magnésio (Mg). É Indicada principalmente para quem faz esportes e academia.


- O consumo de uma banana permite cobrir (40%) das necessidades diária de manganês (Mn). Devido a esta riqueza de manganês, a banana previne o envelhecimento e as doenças cardiovasculares.


- É uma excelente fonte de vitaminas B2 (riboflavina) B6 (piridoxinaB9 (ácido fólico)Ainda contém pectinas (anticancerígenas do cólon). Com seu teor em vitamina C confere-lhe em certo poder anti radicais livres.


- A banana quando madura serve como laxativa. Mas quando verde tem o efeito contrário.


- Os seus sais minerais são um bom fortificante dos ossos e também do sistema nervoso. Além disso é nutritiva, tónica e mesmo afrodisíaca.


- É indicada aos artríticos. É amiga do estômago hiper-sensíveis. Pois tem um efeito antiácido e uma ação protectora da mucosa gástrica.


- É benéfica para o metabolismo e boa assimilação proteica.


- A banana representa uma fonte alimentar importante para mais 400 milhões dos habitantes nos países tropicais.


Estados e problemas de saúde que a banana pode beneficiar:
Fragilidade da mucosa estomacal (acidez).
- Úlceras do estômago, colite.
- Raquitismo.
- Hipertensão.
- Trombose coronária.
- Diarreia dos bebés.
- Arteriosclerose (muito bom para a prevenção).
- Insuficiência renal.
- Hemorragia hemorroidal.
- Coagulação anormal do sangue.
- Para o sistema nervoso (principalmente para as mulheres e das crianças).
- Reumatismo, Gota, Ureia e Artritismo.


_ Mas atenção: a banana pode aumentar o muco. Então evitar comer crua as pessoas que sofrem de hepatite, dispepsia (dor ou um mal-estar na parte alta do abdómen) e icterícia (doenças do fígado, doenças das vias biliares).


- A banana rica em hidratos e carbono não é recomendada para aos diabéticos.


Dicas de como usar a banana para a nossa saúde:
 
Cãibras:
 comer 2 bananas por dia.

Depressão: 
no café da manha inclui 1 banana, durante 7 dias.

Pneumonia e doenças do pulmão:
 descascar 3 bananas maduras, colocar na forma, acrescentar 4 colheres de mel e levar ao forno por 30 minutos, o importante comer ainda morno.

Anemia:
 fazer refeições exclusivas de banana tanto crua ou assada 4 vezes por semana.

Asma: 
seiva da bananeira. Cortar a bananeira e aparar com um copo da seiva que escorre. Ferver e adoçar com mel. Beber quando estiver fria, 3 colheres 4 vezes ao dia.

Diarreia: 
cozinhar 2 banana verdes num litro de água, tomar 1 xícara de 3 em 3 horas. Fazer refeições sempre com banana pelo menos 3 vezes por semana.
Assim temos muitos motivos para fazer uso principal desta maravilhosa fruta, “Banana”, além de ter uma sabor fantástico ainda nos traz um grande beneficio para a nossa saúde.

A banana ainda nos oferece uma boa opção na culinária, podemos fazer bolos, doces, vitaminas, sorvetes, bananas fritas e além de outros pratos deliciosos. 

E nos país produtores, a banana é utilizada na fabricação de bebidas alcoólicas tais como cervejas de banana. no Brasil e nas filipinas existe também o vinagre de banana.

 Fonte:






caquizeiro, árvore da família das  Ebenáceas, é originário da China, da Coréia e do Japão.Por alusão à cor do fruto,"caqui" em japonês significa "amarelo escuro".

Caqui, Diospirus Kaki, é originário da Ásia, principalmente China e Japão, e chegou em São Paulo em 1890.

A expansão da cultura só ocorreu , a partir de 1920, com a chegada dos imigrantes japoneses que trouxeram outras variedades e o domínio da produção. 

O nosso Estado é o principal produtor brasileiro de Caqui, possuindo uma cultura bastante desenvolvida e de relevante importância econômica.
Produz 87 mil toneladas, com uma área de 3.610 hectares e quase um milhão de pés. Os principais municípios produtores são Mogi das Cruzes (40%), Ibiuna (7%), Guararema e Morungaba (5% cada).

 A colheita do Caqui paulista ocorre de fevereiro a junho, com pico nos meses de março e abril.

Esta fruta é rica em vitamina A e niacina, sendo recomendada na medicina popular como regulador intestinal.

EMBALAGEM E RÓTULO

A qualidade do caqui é feita na roça. 
A conservação dessa qualidade exige uma embalagem que ofereça proteção, boa apresentação, informações sobre o produto, racionalização do transporte e armazenagem, que seja reciclável e que tenha baixo custo. O caqui deverá ser acondicionado em embalagens paletizáveis, limpas e secas, com até 13kg de produto.

CATEGORIA

O quadro abaixo estabelece os limites de tolerância de defeitos graves e leves para cada categoria de qualidade e permite a classificação em: Extra, Categoria I, Categoria II e Categoria III. 


CategoriaExtraCategoria
I
Categoria
II
Categoria
III
Podridão (*)
Dano Profundo
Imaturo
Passado
1%
1%
2%
1%
2%
3%
3%
3%
3%
5%
5%
5%
de 3 a 10%
> que 5%
> que 5%
> que 5%
Total de Defeitos Graves2%4%12%> que 7%
Total de Defeitos Leves5%8%15%> que 12%
Total Geral5%10%15%> que 15%

*acima de 10% de podridão, o caqui não poderá ser reclassificado

Os caquis deverão apresentar as características do cultivar bem definidas, serem sãs, inteiras, limpas e livres de umidade externa anormal;

QUALIDADE

A classificação do caqui deve ser feita de forma que se consiga a homogeneidade de formato, coloração, comprimento, diâmetro ou calibre, bem como, a identificação da qualidade pela caracterização e quantificação dos defeitos.

 Fonte


Caqui: benefícios à saúde

Originário da China e do Japão, o caqui se deu muito bem no Brasil devido ao clima tropical. Cultivada em praticamente todo o país, a fruta é excelente fonte de vitaminas E e C - que auxiliam na defesa e manutenção do organismo - e sais minerais como ferro, fósforo e cálcio.
Caqui benefícios à saúdeÉ rica também em outro componente fundamental para manter a saúde: o betacaroteno, que atua como antioxidante e combate a formação de radicais livres. 

"Ele é essencial para a visão, unhas e cabelos e auxilia o desenvolvimento ósseo. Além disso, retarda o envelhecimento precoce do organismo", explica Eneida Gomes da Cunha Ramos, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). 

"E o caqui é fonte ainda de licopeno, um fitoquímico com importante atuação na defesa do organismo".

E tem mais: a fruta contribui para o bom funcionamento do intestino, por conter fibras, e atua como calmante, devido à alta concentração de açúcar e frutose, razão pela qual deve ser consumida moderadamente, em especial por diabéticos. "O ideal é não exagerar. 

A melhor recomendação é variar os tipos de fruta e escolher ao menos três por dia", afirma a nutricionista.

Ele é essencial para a visão, unhas e cabelos e auxilia o desenvolvimento ósseo. Além disso, retarda o envelhecimento precoce do organismo

Boa escolha

Delicado e com casca muito fina, o caqui precisa ser bem embalado  para a venda. Na hora da compra, deve estar livre de rachaduras, firme e com a coloração uniforme. A recomendação é consumi-lo in natura, ou seja, cru. 

Mas muitas pessoas gostam de saboreá-lo na forma de suco. Este, porém, tem de ser bebido logo após o preparo. Do contrário, o sabor é alterado e perde-se parte das vitaminas.

Sua colheita começa no final de janeiro e vai até agosto, com o pico  da safra entre os meses de março e maio, quando sua oferta aumenta nas feiras e supermercados. Uma alternativa para saboreá-la durante o resto do ano é a forma desidratada.

Após a compra, caso o caqui esteja maduro, a recomendação é guardá-lo na geladeira entre três e cinco dias, no máximo. A conservação também pode ser feita em local fresco, desde que o consumo seja rápido. Se ainda estiver verde, deve ser mantido fora da geladeira para amadurecer. 

É importante lavá-lo com delicadeza, um a um, esfregando com as mãos. Em seguida, deixá-lo imerso em solução clorada (hipoclorito de sódio, à venda em supermercados) por aproximadamente 20 minutos. 

"Vale lembrar que não é recomendável lavá-lo se o consumo não for imediato, pois pode azedar", explica Eneida.

Conheça os tipos mais consumidos pelos brasileiros

  Caqui Rama Forte

Coloração vermelha, polpa de consistência mole e gelatinosa; 



 Caqui Taubaté
Coloração vermelha, polpa de consistência mole; 



 Caqui Guiombo (tipo chocolate)
Alaranjado, de consistência firme e crocante; 



 Caqui Fuyu
Alaranjado e de consistência firme.

As propriedades
Em um caqui médio ou em 100 gramas
  • Calorias - 71 kcal
  • Fibras - 6,5 g
  • Cálcio - 18 mg /li>
  • Vitamina C - 29,6 mg
  • Potássio - 164 mg
  • Fósforo - 18 mg
  • Carboidrato - 19,3 g
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco)

Receitas nutritivas

O caqui também pode ser usado na preparação de doces e sobremesas. A seguir, confira as receitas que a nutricionista Eneida Gomes da Cunha Ramos indica para o bom aproveitamento da fruta.




Geleia de caqui

Ingredientes
  • 1 ½ kg de caqui maduro
  • 1 kg de açúcar
  • ½ limão
  • 1 copo de água
Modo de preparo
  1. Retire os cabos dos caquis e lave-os um a um.
  2. Descasque-os (basta puxar a casca com os dedos ou com a lâmina de uma faca).
  3. Passe por uma peneira e reserve.
  4. Leve a água e o açúcar ao fogo brando até dissolvê-lo.
  5. Acrescente a casca do limão.
  6. Retire a casca do limão e coloque a fruta.
  7. Cozinhe em fogo brando e mexa até engrossar.
  8. Quando esfriar, guarde em vidros previamente higienizados e secos e feche bem.
  9.  
  10.  
  11.  

Panqueca doce de caqui

Ingredientes:
  • 3 ovos
  • 3 colheres (sopa) de farinha de trigo
  • ¼ xícara (chá) de leite
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher (sopa) de óleo
Modo de fazer:
  1. Bata os ovos inteiros.
  2. Junte o leite, a farina de trigo, o sal e o óleo.
  3. Frite pequenas quantidades da massa (1 xícara de café), dos dois lados, em uma frigideira apenas untada com manteiga.
  4. Recheie com a geleia de caqui e enrole.
  5. Salpique açúcar e canela a gosto.
  6.  

Salada de frutas tropical

Ingredientes:

  • 2 caquis
  • 1 kiwi
  • 1 fatia de melão
  • 1 fatia de mamão formosa
  • 1 rodela de abacaxi
  • 10 uvas rosadas
  • Suco de uma laranja
  • 2 colheres de granola ou musli
Modo de Fazer:
  1. Pique todas as frutas e misture-as.
  2. Regue a salada de frutas com o suco de laranja.
  3. Acrescente a granola ou musli.
  4.  
  5.  
  6.  

Shake de frutas

Ingredientes:
  • 2 copos de suco de laranja
  • 1 caqui
  • 3 ameixas secas
Modo de fazer:
  1. Deixe as ameixas de molho em água para amaciar.
  2. Retire os caroços.
  3. Bata tudo no liquidificador.
  4. Adoce a gosto.
Publicada em agosto/2009

fonte







O poder de cura do Limão - Parte 1


:: Conceição Trucom :: Nenhuma fruta tem valor medicinal igual ao do limão, e, suas propriedades merecem estar sendo compartilhadas com todos, porque meu objetivo é trazer à luz todo este potencial.

Este é o primeiro texto de uma série que pretendo estar divulgando através deste site, todos extraídos do livro O poder de cura do limão, de minha autoria.

Na elaboração deste livro, tive a preocupação de juntar um conteúdo o mais sério e completo possível sobre as propriedades terapêuticas do limão.

Todas as informações foram pesquisadas em livros, artigos, sites e publicações científicas, escritos por médicos e estudiosos das diferentes ciências. Existem fontes extremamente antigas, como as da medicina Ayurvédica, estudos científicos mais recentes como os com o óleo essencial contido na casca do limão, como também estudos empíricos da Aromaterapia, dos Florais e da Cromoterapia. Mas não faltam aquelas indicações e receitas da cultura popular mundial, trazidas pelos índios, xamãs e nossas avós.
Entretanto, recomendo às pessoas que têm problemas graves de saúde, só fazerem uso do limão após conversarem com seus médicos e estudarem mais sobre o assunto.

O consumo diário e regular do limão, é profilático e um verdadeiro elixir da longa vida.
Com indicações e emprego em moléstias diversas, com possibilidades de numerosas formas de aplicações internas e externas, o limão nem sempre é valorizado devidamente pelos profissionais contemporâneos.

Particularmente no Brasil, cuja média de consumo per capta ainda é bastante baixa (2,4 kg/pessoa/ano), sua intensiva utilização pode contribuir decisivamente para o incremento da saúde de nossa população.
Geralmente conhecido pela sabedoria popular, que segue tradições e ensino que vêm de nossas avós, o limão aguarda, tranqüilo e sereno, o julgamento da posteridade por uma humanidade mais esclarecida, para desprender-se das "facilidades" do modernismo tecnológico.

A leitura deste tema nos motiva procurar, no seio das forças naturais e vivas, a terapêutica e o tratamento salutar, que previne e cura sem fazer mal, sem arriscar a padecer da própria cura com os fatais efeitos colaterais.

O processo do metabolismo catabólico (quebra dos alimentos até suas unidades básicas de nutrição e posterior eliminação dos excretos) da alimentação repetidamente inadequada é responsável por muitas enfermidades e suas manifestações, entre elas, a acidez sangüínea e o artritismo.

O homem moderno, com sua vida estressante e sedentária, extremamente intoxicado, padece com as enfermidades orgânicas ou funcionais típicas do século. Para impedir ou prevenir que o organismo chegue à doença, necessita alcalinizar seu sangue com sais alcalinos, transformando os restos ou resíduos do metabolismo, e poder finalmente e mais facilmente expeli-los.
Quando isso não acontece, estes resíduos tóxicos e ácidos permanecem no organismo, ocasionando milhares de agravos patológicos, pelos quais têm que pagar caro os seres humanos chamados civilizados.

O limão, com seus ácidos facilmente transformados em elementos alcalinizantes e com suas bases, fermentos, vitaminas, fibras e monoterpenos, contribui poderosamente para eliminar resíduos que, como agora sabemos, são os responsáveis diretos e indiretos pelas doenças. Estes resíduos tóxicos funcionam como verdadeiros escudos, dificultando o sucesso dos tratamentos de cura e das terapias alternativas.

Assim, através de estudos prolongados, constatou-se que o uso do limão estimula a produção de carbonatos e bicarbonatos salinos no organismo, promovendo a neutralização da acidez dos líquidos corporais.
Efetivamente, apesar de no estado livre ter como princípio ativo o poderoso ácido cítrico, este, em contato com o meio celular no interior do nosso organismo, é oxidado e complexado durante a digestão e comporta-se como um alcalinizante suave, ou seja, um neutralizante da acidez interna.

Em síntese: os seus diversos sais convertem-se em carbonatos e bicarbonatos de cálcio, potássio, etc., elementos que concorrem para acentuar positivamente a adequada alcalinidade do sangue.
Perceba como este alimento é mágico: ao mesmo tempo em que contribui eficazmente para o funcionamento normal do metabolismo de eliminação (mobilização = depuração = purificação), também é fundamental no processo assimilativo de todos os órgãos do corpo, como por exemplo, na fixação do cálcio e do ferro. Enfim, com uma sábia orientação terapêutica e o consumo diário do limão, podemos amenizar e até, possivelmente, curar doenças classificadas como incuráveis.

A Terapia Intensiva
No livro O poder de cura do limão, enumero muitos das desarmonias de saúde que se beneficiam com o consumo regular do limão. No entanto, o uso intensivo é especialmente indicado nos reumatismos e doenças afins, na asma, no enfisema, nas doenças agudas e no fortalecimento do sistema imunológico.

Para este tratamento, deve ser usado fruto pequeno/médio e suculento, macio e perfeitamente maduro, da variedade que mais convier, preferentemente orgânico ou isento de agrotóxicos.
O tratamento está baseado no consumo do suco puro e fresco dos limões, sendo totalmente incompatível a presença do açúcar que, é um alimento que acidifica e intoxica o sangue.

O tratamento mais conhecido e divulgado na literatura sobre o limão é a Terapia Intensiva de 19 dias, que começa pela ingestão do suco de um limão no primeiro dia e vai aumentando-se a dose diária com 1 limão, ao longo de dez dias sucessivos, até perfazer o total de 10 limões no décimo dia.

No décimo primeiro dia decrescem as doses em igual proporção, reduzindo 1 limão a cada dia, até que no décimo nono dia a ingestão é o suco de apenas 1 limão.
Observe na tabela o esquema dia-a-dia de como deve ser praticado este tratamento.
Naqueles dias quando são muitos os limões, e o volume de suco é elevado, a ingestão pode ser feita em apenas uma toma em jejum, ou, mais factivelmente, em 2-3 tomas distribuídas ao longo do dia:

Primeira toma em jejum, 20 minutos antes do desjejum;
Uma ou duas tomas 10-20 minutos antes das refeições principais.

Dias                   Limões
Primeiro                 1
Segundo                 2
Terceiro                 3
Quarto                   4
Quinto                   5
Sexto                     6
Sétimo                   7
Oitavo                   8
Nono                     9
Décimo                 10
Décimo primeiro    9
Décimo segundo     8
Décimo terceiro     7
Décimo quarto       6
Décimo quinto       5
Décimo sexto        4
Décimo sétimo      3
Décimo oitavo       2
Décimo nono         1
Vigésimo            Fim




 Um exemplo: No décimo dia serão 10 limões. Assim, tomar o suco de 4 limões, em jejum, cerca de 20 minutos antes do desjejum; de mais 3 limões, 10-20 minutos antes do almoço; e dos últimos 3 limões, igualmente antes do jantar.

Não pense que este tratamento deve ser praticado igualmente por todas as pessoas. Ao contrário, existe a possibilidade de serem feitas adaptações, conforme as condições e sensações corporais de cada um. Existem pessoas que estão por demais, ou por muito tempo, intoxicadas e o processo de limpeza pode ser difícil e possivelmente doloroso.
Observar que podem ocorrer as situações a seguir descritas.

A pessoa está por demais intoxicada e logo no começo do tratamento sente muito mal-estar, como acidez, náuseas, dor de cabeça, diarréia ou indisposição geral. Neste caso, o indicado é respeitar o corpo; e repetir a quantidade de limões do dia anterior e observar. Caso os sintomas aliviem um pouco, seguir em frente na seqüência prescrita pela Terapia Intensiva. Caso permaneçam os fortes sintomas, repetir por mais 1 dia a mesma dosagem de limões e observar as reações do corpo.

Se ainda assim permanecer uma sintomatologia de elevado incomodo, interromper o tratamento e recomeçar na semana seguinte do ponto zero, ou seja, com 1 limão.
Aproveitar esta semana de intervalo para alimentar-se de forma mais leve e natural, ingerindo mais frutas, brotos, folhas, sementes e cereais integrais.

A Terapia Leve
Indico este procedimento para as pessoas que nunca praticaram a Terapia Intensiva do Limão e têm medo de não conseguir levá-la até o final.
Trata-se de uma terapia de adaptação ao tratamento intensivo, que pode também ser planejada sempre que necessária uma limpeza mais rápida e superficial do organismo.
Esta Terapia Leve pode ser de 3, 5 (como no exemplo a seguir), 7, 9 ou 11 dias.
Um exemplo - Terapia Leve de 5 dias: Iniciar com o consumo de 1 limão, no segundo dia são 2 limões, e no terceiro dia são 3 limões. No quarto dia reduzir para 2 limões e, finalmente, 1 limão no quinto dia.

Posso diluir o suco? 
O correto e indicado é o suco puro e fresco do limão. Entretanto, pode acontecer da pessoa não aceitar o suco puro de jeito algum. Neste caso, há que respeitar a sua genética e usar este mesmo recurso através de um outro alimento desintoxicante e alcalinizante como a uva ou a laranja.

Outra opção é o consumo diário de 1-2 limões diluídos com frutas e folhas verdes, que são os chamados sucos desintoxicantes, fartamente receitados no meu livro Alimentação Desintoxicante – Para ativar o sistema imunológico.
Diferente do tratamento intensivo, o uso diário dos sucos desintoxicantes em jejum é uma dinâmica mais sutil e suave, porém de elevado poder terapêutico e preventivo.

Com que freqüência praticar a Terapia Intensiva do Limão? 

Isso é muito relativo, porque depende de que doença(s) a pessoa está querendo combater, da sua receptividade ao tratamento ou se é um trabalho de prevenção e fortalecimento da saúde.
De qualquer forma, quando falamos da Terapia Intensiva de 19 dias, considero prudente um intervalo de 2 meses no mínimo.
Mas recomendo que neste intervalo, torne-se um hábito o consumo diário de 1-2 limões no preparo dos sucos desintoxicantes, seja ele somente em jejum, ou em várias tomas diárias. 





Como preparar o suco fresco do limão? 

Dificilmente recomendo o preparo do suco dos limões num espremedor manual.
Isto porque o preparo na centrífuga ou no liquidificador apresenta 2 vantagens:
- O suco irá conter pectina, que é aquela parte branca presente na sua entrecasca, uma fibra de excelência para a saúde.
- O primeiro limão sempre passará inteiro, ou seja, com a sua casca para o suco conter traços do OE de limão, rico em d-limoneno, substância já descrita como de elevado valor terapeutico.

Na centrífuga o suco já sai filtrado, enquanto no preparo com o liquidificador será necessário o uso da peneira para coar o suco.
Finalizado o preparo, ele deve ser ingerido imediatamente. Jamais consumir um suco com mais de 5 minutos de preparo. Ele terá sabor, porém reduzido valor terapêutico.

Cuidados importantes

Existem casos de enfermos, por longo tempo artríticos, cheios de resíduos protéicos, portanto, com poucas reservas alcalinizantes. A quebra destes resíduos protéicos gera muitas substâncias ácidas e, conseqüente falta de bases, carência esta que vai acumulando-se até provocarem sérias acidoses ou acidemias protéicas. Em tais casos, a Terapia Intensiva do limão pode ser contra-indicada.

Todavia, em tais circunstâncias especiais, experimentamos aplicar limão juntamente com um caldo alcalinizante, acrescentando ao suco do limão elementos basificantes... O caldo basificante pode preparar-se mediante a decocção de aipo, cebola, alface, etc., sendo que o uso de várias hortaliças juntas dá ainda melhores resultados. Toda vez que se toma esse caldo quente, adiciona-se suco de limão na quantidade que o caso requeira e a tolerância orgânica permita, tendo-se em mente que, ao aumentar a dose de limão, deve-se aumentar também a quantidade e concentração deste caldo. Desse modo, não há sobrecarga de acidose no sangue.
Dr. José Castro

Ao manusear o limão ou qualquer fruta cítrica, deve-se lavar muito bem as mãos e o local onde foi realizado o uso externo, antes de expor-se ao sol. O suco e casca destas frutas cítricas contém substâncias foto-sensíveis, ou seja, a presença de resíduos do limão na pele em contato com raios solares irão provocar manchas escuras na pele, e até mesmo queimaduras mais sérias. E, mesmo com a pele muito bem lavada, evitar tomar sol diretamente. Não esquecer do filtro solar.

Convém, em seguida a cada ingestão do suco puro, bochechar a boca com água, pois a acidez ativa do limão poderá atacar o esmalte dos dentes. Uma dica - ingerir o suco com canudo para evitar o contato com os dentes e também o sabor acentuado que permaneceria na boca.

Este texto faz parte do livro O poder de cura do limão – Um guia de medicina caseira - Conceição Trucom - Editora Alaúde. Neste livro você vai encontrar muitas indicações de como usar o limão para prevenir e tratar doenças.


Atenção: Não se auto medique. Este texto é para esclarecer. Entretanto, as dosagens, quantidades, horário, freqüência e demais explicações do correto uso do OE de limão é que darão a possibilidade de sucesso nos tratamentos de prevenção e cura. Como qualquer medicamento, o poder de cura do limão não está num uso esporádico e inadequado, mas no seu uso correto e freqüente. Que bom seria que todos pudessem conhecer de forma completa "O poder de cura do Limão".

Fonte


PROPRIEDADES NUTRICIONAIS DA AMORA   







O Todafruta agradece a valiosa colaboração do Dr.Edson Credidio - Médico Nutrólogo, Título de Especialista em "Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos" pela Unicamp , Coordenador do Sistema Nutrosoft , Coordenador do Selo ABRAN , Diretor da ABRAN - credidio@terra.com.br

1º-INTRODUÇÃO
 
A amoreira-preta é uma frutífera de grande potencial para as regiões brasileiras com período de inverno marcante e propícia para pequenas propriedades agrícolas. Os frutos podem ser utilizados para consumo in natura e para produção de geleificados e doces caseiros, sendo assim, potencial para as famílias que trabalham com o ecoturismo regional. Além destas características, praticamente não necessita de insumos químicos, sendo ótima opção para o cultivo orgânico, além das propriedades nutricionais e medicinais dos frutos.A amoreira preta é uma frutífera da família "Rosaceae", bastanterústica e de fácil manejo, de grande potencial para as regiões brasileiras com período de inverno marcante e propícia para pequenas propriedades agrícolas.
Os frutos podem ser utilizados para consumo "in natura" e para produção de geléias, sucos, sorvetes, polpas, conservas, fermentos, iogurtes, doces, tortas, bolos, compotas ou transformadas em vinhos, licores e xaropes. As folhas (chá) e brotos são anti - diarréicos poderosos.Além destas características, praticamente não necessita de insumos químicos, sendo ótima opção para o cultivo orgânico, com propriedades nutricionais e medicinais dos frutos.Informações mais recentes de pesquisas, têm demonstrado um maior potencial na utilização da amora preta como um corante artificial. Uma das grandes descobertas é que o uso da amora preta vem se expandindo para fins medicinais, como uma planta anti-cancerígena, pela ação do ácido elágico e também no combate a osteoporose, devido a sua concentração elevada de cálcio (46mg/100g fruto). Outra utilização crescente, é como tônico muscular nas práticas desportivas, pois alto teor de potássio é encontrado no fruto (245mg/100g fruto). O fruto da amoreira é depurativo do sangue, anti-séptico, vermífugo, digestivo, calmante, diurético, laxativo, refrescante, adstringente, etc. Poderosas propriedades anti-oxidantes por sua combinação de vitaminas C com E. A amora preta contém pectina em abundância, uma fibra solúvel que ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue. E muito recomendável aos que tem o organismo saturado de ácidos, como os que sofrem de reumatismo, gota, artrite, etc. O suco de amora, quente, adoçado com mel, tem bons resultados em casos de afecções da garganta, amidalite, rouquidão, inflamação das cordas vocais, das gengivas, aftas, etc. As flores frescas são diuréticas e muito úteis no tratamento das vias urinarias.
A amora preta se encontra entre os alimentos que ajudam a diminuir o colesterol. De acordo a um estudo publicado pela revista Jornal of Neuroscience, as propriedades nutritivas das amoras pretas conservam o equilíbrio, a memória e a coordenação motora das pessoas de idade avançada.Existe um número elevado de espécies dentro do gênero, perto de 300. Sua origem não é muito definida (provavelmente da Ásia, introduzidas na Europa por volta do século XVII), possuindo características de adaptação climática muito variadas, podendo encontrar cultivaros com exigência de frio (abaixo de 7,2 C) desde 100 horas ate 1000 horas/ano para quebra de dormência. A cultivada pela Fazenda Sta. Terezinha do Rio Bonito, é muito semelhante a variedade Ollalie (USA) esta totalmente adaptada as nossas condições climáticas, após 8 anos de experiências e 3 anos de produção comercial.A amora preta se desenvolve bem em diversos tipos de solos, mas bem drenados, com pH entre 5,5 a 6,5.Pode-se utilizar irrigação, desde que sem exagero. É de porte ereto ou rasteiro, podendo atingir ate 2 metros de altura. As podas são necessárias para limpeza e frutificação. A longevidade é de 15 anos.

2º-TRABALHOS CIENTÍFICOS SOBRE O FRUTO
 
2.1-A amoreira-preta in natura é altamente nutritiva. Contém 85% de água, 10% de carboidratos, com elevado conteúdo de minerais, vitaminas B, A e cálcio. Pode ser consumida de outras formas como geléias, suco, sorvete e yogurtes (POLING, 1996).
2.2-Uma série de funções e constituintes químicos são relatados na literatura internacional relacionados às qualidades da amora-preta, estando, entre eles, o ácido elágico.
2.3-Segundo WANG et al. (1994), o ácido elágico (C14H6O8) foi encontrado em morango (Fragaria spp), groselha preta (Ribes nigrum), amoreira-preta (Rubus subgênero Eubatus), framboesa (Rubus subgênero Idaeobatus), entre outras espécies.
2.4-O ácido elágico um constituinte fenólico de algumas espécies, é um hidrolito de elagitanina que ocorre naturalmente, especialmente em frutas e nozes [Singleton et al. (1996), Bate-Smith (1961a., 1961b), Daniel et al. (1989), apud WANG et al., 1994)].
2.5-Foi demonstrado que o ácido elágico possui funções anti-mutagênica, anticancerígena e além de ser um potente inibidor da indução química do câncer [Okuda et al.(1985), Maas et al. (1992) citados por WANG et al. (1994); MAAS et al., (1991 a)].
2.6-O ácido elágico e alguns elagitaninos têm mostrado propriedades inibidoras contra replicação do vírus HIV transmissor da Aids [Asanaka et al. (1988), Take et al. (1989), apud MAAS et al., (1991 a)]. Os estudos de Asanaka com ratos sugerem que o elagitanino oenotherin B pode ser usado via oral para inibir o HIV e o vírus da herpes (MAAS et al., 1991b).
2.7-Além disso, são atribuídas às frutas de amoreira-preta outras propriedades, como o controle de hemorragias em animais e seres humanos, controle da pressão arterial e efeito sedativo, complexação com metais, função antioxidante, ação contra crescimento e alimentação de insetos [Girolami et al. (1966), Cliffton (1967), Bhargava et al. (1968) apud MAAS et al., 1991a].
2.8-O ácido elágico é um derivado do ácido gálico, e como fenol, possui algumas propriedades de compostos fenólicos (WANG et al., 1994). Em tecidos de morango, foi associado a substâncias polifenólicas inibidoras da degradação do ácido indolbutírico (AIA) pela peroxidase, em presença de luz. Já na ausência de luz, a presença de monofenóis propicia o aumento da atividade da peroxidase (Runkova et al., 1972 apud MAAS et al., 1991).
2.9-MAAS et al. (1991a), trabalhando com cultivares de morango, não conseguiram correlacionar a quantidade de ácido elágico encontrada em diferentes porções da planta (polpa e folhas), indicando que a seleção de variedades para o ácido elágico pode ser específica para determinado tipo de tecido.

3º-CADEIA PRODUTIVA
 

CULTIVARES LANÇADAS NO BRASIL
 

Ébano-Selecionada em 1977, na antiga UEPAE de Cascata, foi testada com Black 44. Originou-se de uma população F2, do cruzamento entre as variedades 'Comanche' x ('Thronfree' x 'Brazos') realizada na Arkansas Agricultural Experiment Station, Universidade de Arkansas (EUA). Planta de hábito semi-ereto, livre de espinhos, possui hastes vigorosas. Apresenta frutas de tamanho grande (6 a 7g) e razoavelmente firme, ácidos, maturação desuniforme (BASSOLS & MOORE, 1981 a, b; RASEIRA et al., 1984).Na região de Pelotas e Canguçu (RS), a colheita é realizada de dezembro a fim de janeiro ou início de fevereiro. É recomendada para regiões com acúmulo de frio em torno de 400 horas (NUNES & GONSALVES, 1981).
Negrita-Oriunda de sementes introduzidas da Universidade de Arkansas, EUA, em 1975, como A-771. Foi testada como Black 32, sendo proveniente do cruzamento entre 'Comanche' x ('Thronfree' x 'Brazos'). Foi selecionada devido à firmeza das frutas e ao porte ereto das plantas. A densidade de espinhos entretanto é alta. Cultivar destinada à industrialização, foi lançada em 1983 pela EMBRAPA Clima Temperado (RASEIRA, 1999 - informe verbal).
Tupy- Resultado do cruzamento entre as cultivares 'Uruguai' x 'Comanche', realizado na EMBRAPA Clima Temperado em 1982, os "seedlings" foram avaliados no campo experimental, sendo que a seleção C.4.82.5 deu origem à cultivar. A variedade 'Tupy' apresenta plantas de porte ereto, com espinho. Produz frutas grandes (6 gramas), coloração preta e uniforme, sabor equilibrado em acidez e açúcar, consistente e firme, semente pequena, película resistente e aroma ativo. Durante três anos de avaliação produziu 3,8kg/planta/ano no Rio Grande do Sul. É recomendado para o consumo in natura pelo fato de apresentar baixa acidez (SANTOS & RASEIRA, 1988).
Guarani- Foi selecionada no Brasil a partir de cruzamento realizado nos EUA (Arkansas) entre as variedades 'Lawton' x ('Darrow' x 'Brazos') x ('Shaffer Tree' x 'Brazos'), sob o número 799-8. Planta de porte ereto, com espinhos, vigorosa, produz frutas de coloração preta, tamanho médio (5g), firme, película resistente, aroma ativo. Durante quatro anos de avaliação, na região de Pelotas (RS), produziu 3,6kg/planta/ano. É recomendado para o consumo in natura e industrialização (SANTOS & RASEIRA, 1988).
Caingangue- Originária de uma população F2, do cruzamento 'Cherokee' x 'Black 1' ('Shaffer Tree' x 'Brazos'), denominada C.3.82.16, foi lançada em 1992 pelo CPACT. Planta vigorosa, ereta, com presença de espinhos e boa capacidade de multiplicação. Apresenta brotação na primeira dezena de agosto; floração plena na primeira dezena de outubro e produção da segunda dezena de novembro a segunda de dezembro. Sabor equilibrado entre ácidos e açúcares; fruta firme e de aroma ativo. Pouco exigente em frio, sendo recomendada para regiões com disponibilidade em torno de 200 horas de frio hibernal (RASEIRA et al., 1992).
As cultivares introduzidas inicialmente no Brasil vieram do Texas e de Arkansas, existindo um número elevado de variedades que são citadas na literatura, desenvolvidas em outros programas de melhoramento.

4º-ASPECTOS FENOLÓGICOS
 
Sendo planta exigente em frio, os aspectos fenológicos da amoreira-preta podem variar de ano para ano, em função desta exigência em frio ter sido ou não satisfeita. Nas condições do Rio Grande do Sul, a cultivar Ébano inicia a floração na segunda quinzena de outubro, estendendo-se até o início de novembro, sendo que o período de colheita vai de meados de dezembro a início de fevereiro (BASSOLS & MOORE, 1981a/1981b; NUNES & GONÇALVES, 1981; EMBRAPA, 1981).Segundo RASEIRA et al. (1992) a variedade Caingangue, em Pelotas (RS), tem plena floração na primeira dezena de outubro e período de produção da segunda dezena de novembro à segunda dezena de dezembro, com produção média de 3,45kg/planta e peso médio de 5,6g/fruto.A floração da 'Tupy', no Rio Grande do Sul, dá-se do final de agosto à segunda dezena de setembro e a colheita na terceira dezena de novembro à segunda de dezembro (SANTOS & RASEIRA, 1988). Já a 'Guarani' tem floração durante todo o mês de setembro e primeira dezena de outubro, com período de colheita estendendo-se pelo mês de dezembro (SANTOS & RASEIRA, 1988). Em contrapartida, PERUZZO et al. (1995) observaram, em Videira (SC), que a cultivar Brazos iniciou a floração na segunda dezena de setembro e 'Caingangue' na terceira dezena. 'Tupy', 'Comanche', 'Guarani', 'Cherokee' e 'Ébano' floresceram durante o mês de outubro. Sendo que a produção estendeu-se da segunda dezena de novembro até a terceira dezena de janeiro.No Planalto de Poços de Caldas, Minas Gerais, as variedades Brazos e Comanche são as mais precoces tanto em floração como em produção. A variedade mais produtiva foi Brazos (5,3kg/planta), seguida de Guarani (4,7kg/planta), Tupy (3,6kg/planta) e Comanche (3,4kg/planta), sendo que a primeira foi a mais vigorosa em produção de material vegetal (ANTUNES et al., 2000b) A produção concentrada de amoras a partir de novembro, nos principais estados produtores, causa redução de preço, devido ao maior volume ofertado. A antecipação da oferta de frutas, seja pelo manejo da cultura, seja pelas condições climáticas existentes numa região, pode criar uma oportunidade de mercado bastante favorável ao produtor rural.

PROPAGAÇÃO
 - A propagação da amoreira-preta se faz através de estacas de raízes (CALDWELL, 1984) as quais estas, por ocasião do repouso vegetativo, são preparadas e enviveiradas em sacolas plásticas. Podem também ser usados brotos (rebentos), originados das plantas cultivadas. O uso de estacas herbáceas é uma das alternativas viáveis (RASEIRA et al., 1984; PERUZZO et al., 1995). Além destes, a multiplicação através da cultura de tecidos já é bem conhecida.A multiplicação através de perfilhos retirados das entrelinhas de cultivo pode ser realizada, em muitos casos não há número suficiente de mudas e estas normalmente estão com tamanhos irregulares, além do estresse que pode ser causado no sistema radicular da planta-mãe.O perfilhamento da cultura é elevado, aparecendo muitas brotações, entre as linhas de plantio, que devem ser sistematicamente eliminadas para que se evite a obstrução do deslocamento de pessoal e máquinas pela cultura. Os perfilhos eliminados podem ser utilizados como mudas. WALDO (1977) relata que formas de amoreira-preta com espinhos, na costa do pacífico norte da América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, são 'pragas', sendo 'Himalaya' (Rubus procerus P.J. Muell.) uma da plantas daninhas mais agressivas. Segundo PERUZZO et al. (1995), a multiplicação rápida de mudas de amoreira-preta pode ser conseguida através do enraizamento de estacas herbáceas, sob nebulização e preparadas com quatro a cinco gemas, sendo que a produção de mudas por este método pode ser conseguida durante todo o período de crescimento da planta matriz. STOUTEMYER et al. (1933) citam como método rápido de propagação da amoreira-preta e framboeseira a utilização de um pequeno segmento da haste da planta com gema foliar, colocadas sob nebulização e em substrato constituído por areia.A utilização de estacas lenhosas na propagação da amoreira-preta não é uma prática usual, entretanto, após o período de dormência, face à poda realizada, obtém-se um grande número de estacas. Caso estas estacas possuam bom potencial de enraizamento, podem ser utilizadas para este fim. ANTUNES et al. (2000a) trabalhando com estacas lenhosas de amoreira-preta, observaram que a cultivar Caingangue apresentou maior vigor em desenvolvimento que as demais cultivares testadas, refletindo em maior peso seco de parte aérea (2.060mg) e raiz (660mg). Os maiores  porcentuais de enraizamento e brotação foram, respectivamente das cultivares Brazos (97,9; 97,9), Guarani (95,8; 93,7), Tupy (93,7; 97,4), Caingangue (93,7; 95,8) e Ébano (89,5; 93,7). As cultivares Comanche e  Cherokee e seleção 97 apresentaram resultados inferiores a 50% em todas as características avaliadas.

SISTEMA DE CULTIVO
 - Segundo RASEIRA et al. (1984), a amoreira-preta desenvolve-se bem em solos drenados e medianamente ácidos (pH 5,5 a 6,5). O manejo das plantas é simples, devendo-se tomar  maiores cuidados com a adubação, controle de invasoras, podas de limpeza e desponte e, particularmente com a colheita, devido à elevada sensibilidade dos frutas. Algumas das cultivares plantadas no Brasil necessitam de tutor para suportar o peso das hastes e da produção. Normalmente, isto é feito através de um sistema de espaldeira dupla.

COMERCIALIZAÇÃO E MERCADO
 
Entre as principaiscaracterísticas desejáveis para uma cultivar visando o mercado de frutas 'in natura' estão a produtividade, o tamanho e equilíbrio açúcar/acidez dos frutas, bem como a sua capacidade de resistência ao transporte e armazenamento.Em relação ao ponto de colheita, este é determinado quando o fruto estiver totalmente preto, devendo a colheita ser realizada a cada dois a três dias (BASSOLS, 1980; RASEIRA et al., 1984). Quanto à forma de comercialização, observa-se, no mercado 'in natura', a presença de embalagens semelhantes às utilizadas para morango, nas quais, em cada bandeja, são ofertados em torno de 120 a 150 gramas de frutas de amoreira-preta.
Já com destino à industrialização, BASSOLS & MOORE (1981 b) citam que, para a cultivar Ébano, as frutas podem ser congeladas, enlatadas ou usadas para adicionar cor e sabor a iogurtes e sorvetes ou para o fabrico de sucos, observações estas, que a princípio, serviriam para outras cultivares.A ausência de espinhos é também uma característica desejável (PERUZZO et al., 1995), uma vez que vários produtores adotam o esquema em que o consumidor colhe a própria fruta, como já experimentado com sucesso em hortaliças, e mesmo com amoreira-preta, nos EUA. A amoreira-preta geralmente tem muitos espinhos, mas esta densidade pode variar consideravelmente entre cultivares, sendo que algumas delas são totalmente desprovidas de espinhos (ELLIS et al., 1991).As informações estatísticas sobre a produção e comercialização de amora-preta, no Brasil, são muito escassas. Entretanto, segundo a evolução de preços e volume, apresentados pela CEASA-RS, a safra gaúcha é iniciada em outubro, a US$ 2,54kg, reduzindo paulatinamente a 1,90, 1,52 e 1,44 respectivamente em novembro, dezembro e janeiro. Pode haver alguma oferta sazonal, como em agosto de 1997, em que o preço do quilo da amoreira-preta alcançou US$ 4,58, frutas estas provenientes de São Paulo. O principal município produtor gaúcho é Feliz

ASPECTOS DA PÓS-COLHEITA
 
MORRIS et al. (1981) mencionam que, devido à estrutura frágil e alta taxa respiratória de frutas de amoreira-preta, sua vida pós-colheita é relativamente curta, o que também é corroborado por Hardenbug et al. (1986), apud PERKINS-VEAZIE et al. (1997). Estes mesmos autores citam Clark (1992) quando relatam que a firmeza do fruto colhido influencia na vida de prateleira, haja visto que estes podem ser facilmente danificados no manuseio facilitando a infeccção por patógenos.Segundo Hardenburg et al. (1986), apud PERKINS-VEAZIE et al. (1993 / 1996), a recomendação usual de armazenamento para amoreira-preta é de 2 a 3 dias quando mantidas a 0oC. Contudo, estes mesmos autores citam que Clark e Moore (1990), trabalhando com cultivares eretas de amoreira-preta, mantiveram os frutas com qualidade durante 7 dias à temperatura de 5oC.Em frutos de amora-preta conservadas sob atmosfera modificada, ANTUNES (1999) observou que houve aumento do porcentual de solubilidade de pectina e pectina solúvel, para 'Brazos' e 'Comanche', durante o armazenamento, ocorrendo redução de pectina total e compostos fenólicos totais. As cultivares Brazos e Comanche conservaram-se melhor em ambiente refrigerado (2ºC), podendo ser armazenadas com qualidade até nove dias depois de colhidas, a partir daí iniciam processo de deterioração. Frutas da cultivar Comanche apresentaram melhores características para a industrialização e conservação da qualidade pós-colheita devido às maiores concentrações de pectina total em relação às de Brazos. Este autor sugere que, para a melhor conservação dos frutos de amora-preta, seja utilizado cadeia de frio em todo o processo pós-colheita.

DOENÇAS E PRAGAS
 

Uma das principais doenças da cultura é a antracnose [(Elsinoe veneta (Burkh) Jenkins, fase imperfeita Sphaceloma necator (Elis e Everh.)], podendo levar à morte das hastes de frutificação (TRAVIS & RYTTER, 1991).Outra doença bastante importante na cultura é chamada de enrosetamento (Cercosporella rubi (G. Wint) Plakidas), que ataca cultivares eretas e decumbentes, sendo limitante para o gênero Rubus. Os sintomas são o aparecimento de rosetas que podem resultar numa mudança de fenótipo da planta, provocando redução de produção, da qualidade das frutas e em casos severos, até a morte da haste (SMITH & FOX, 1991).Nas condições do Rio Grande do Sul, foi verificada a presença de ferrugem nas folhas e podridões causadas por Botrytis nas frutas, além da incidência de ácaros e lagartas que causam enrolamento das folhas (BASSOLS, 1980; RASEIRA et al., 1984).Segundo MOORE et al. (1974 a,b), as cultivares Cherokee e Comanche são moderadamente resistentes à antracnose causada por Elsinoe veneta veneta, não sendo observado a ocorrência de ferrugem (Kunkelia

5º-TABELA NUTRICIONAL
 
2.1-Amora Crua, Nome científico: Morus nigra


2.2-AMORA-PRETA, CRU
 
Nome científico: Rubus spp


2.3-Amora-preta, congelada


Fonte: USDA Nutrient Database for Standard Reference, Release 14

6-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
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ANTUNES, L.E.C.; CHALFUN, N.N.J.; REGINA, M. de A. Propagação de cultivares de amoreira-preta (Rubus spp) através de estacas lenhosas. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.22, n.2, p.195-199, 2000b.
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WANG, S.Y.; MAAS, J.L.; PAYNE, J.A., et al. Ellagic acid content in small fruits mayhaws, and other plants. Journal small fruit and viticulture, v.2, n.4, p.11-49, 1994.
Data Edição: 12/05/2006Fonte:





CAJU
Nome científicoAnacardium occidentale L.
Fotos ampliadas1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6
FamíliaAnarcadiáceas
Sinonímia popularAcaju, acajaíba, caju-manso, oacaju
Sinonímia científicaAcajuba occidentalis (L.) Gaertn.
Propriedades terapêuticasAntidiabética, adstringente, antidiarréica, depurativa, tônica, antiasmática, anti-séptica, antiinflamatória, vitaminizante, depurativa, expectorante, vermífuga, diurética, eupéptica
Princípios ativosEsteróides, flavonóides, catequinas, fenóis, taninos, gomas, resinas, material corante, saponinas, taninos, vitamina C, açúcares, carotenóides, ácidos orgânicos, proteínas, fibras, ácido anacárdico, anacardol, cardol, taninos, flavonóides, ácido gálico
Indicações terapêuticasDiabetes, feridas, infecção da garganta, diarréias, disenterias, baixar colesterol e triglicerídeos, suplemento nutritivo (regime de emagrecimento), frieiras, cansaço dos pés, eczemas, reumatismos, avitaminose C, feridas, úlceras, verrugas, calosidades


Informações complementares Outros sinônimos científicos
  • Anacardium microcarpum Ducke
  • Cassuvium pomiferum Lam.
Outros nomes populares 
Anacardo, acaju-açú, acajuba, acajuíba, cacaju, acaju-pakoba, acaju-piranga, caju-banana, caju-da-praia, caju-de-casa, cajueiro, caju-manso, caju-manteiga, casca-antidiabética, salsaparrilha-dos-pobres. 


Nome em outros idiomas
  • Alemão: acajou, kajubaum
  • Francês: acajou à pomme, anacardier
  • Inglês: cashew-nut tree
  • Espanhol: caoba
  • Italiano: cagiù
Origem
América do Sul. 


 Princípios ativos
Folha e casca do caule: Esteróides, flavonóides, catequinas, fenóis, taninos, gomas, resinas, material corante, saponinas Pseudofruto (a conhecida fruta caju): taninos, vitamina C (210mg para 100g de fruto), açúcares, carotenóides, ácidos orgânicos, proteínas, fibras, água

Fruto (castanha) a castanha possui a casca, tegumento e amêndoa:
Casca: ácido anacárdico, anacardol, cardol, taninos, flavonóides, ácido gálico, ácido siríngico, galocatequina
Tegumento (a película que envolve a amêndoa): beta-sitosterol, epicatequina (substância com forte ação antiinflamatória)
Amêndoa (semente): óleo fixo de alta qualidade (45%), proteínas, minerais, esteróides, triterpenóides, tocoferóis 

Uso medicinal
Considerações
Ao que conhecemos como fruto não é fruto e sim seu pseudo-fruto ou pedúnculo, que é suculento, carnoso, perfumado e muito saboroso, com a cor variando entre o amarelo e o vermelho, contendo a castanha de caju, o verdadeiro fruto, que é comestível e muito apreciada, depois de torrada.

A casca da castanha é alveolada e possui óleo cáustico e viscoso.
O cajueiro é utilizado como alimento in natura ou na preparação de doces caseiros, sucos e sorvetes.
O suco feito de seu pedúnculo ou pseudo-fruto, puro e adoçado (a cajuada), é um saudável tônico refrigerante.
Clarificado e cozido produz a popular cajuína, bebida de cor âmbar, destanificada, refrescante e de excelente sabor.
O suco é diurético e excitante.
Do sumo ainda se obtém vinho, vinagre, aguardente e licor.
Apenas uma pequena parte da sua grande safra, infelizmente, é utilizada pela indústria pelo processamento do caju.
A goma purificada é usada pela indústria farmacêutica como agregante em comprimidos no lugar da goma-arábica produzida na África.
A castanha contém um óleo-resina cáustica, conhecido como LCC (líquido da castanha de caju). A composição do LCC é principalmente de ácido anacárdico, cardol (11,31%) e seus derivados. Dentro da castanha é que se encontra a amêndoa oleaginosa, comestível, conhecida e comercializada como castanha de caju.
O LCC causa forte irritação na pele, deixando cicatrizes quase indeléveis que jovens usam para fazer um tipo primitivo de tatuagem. O LCC espesso é de cor escura, tem uso popular para verrugas, calos, edemas, manchas na pele e tecidos de neoformação.
O uso em estado fresco do fruto (castanha) pode provocar lesões na pele, pois é terrivelmente cáustico. Quando as sementes são torradas perdem esta propriedade, tornado-se comestíveis, sendo um alimento saboroso, excitante e usado nos regimes de emagrecimento, tidas pela sabedoria popular como fortificante da memória.
Nas práticas da medicina caseira são usados preparações de uso oral, feitos com a entrecasca, a goma, e o LCC (líquido da castanha do caju) de acordo com as tradições.
O uso da casca do cajueiro ativa o metabolismo dos açúcares, principalmente das pessoas que têm o açúcar aumentado no sangue e na urina.
Nas regiões de mata brasileira as cascas são usadas para hemorróidas. Fazem o chá com a casca, adicionando broto de goiaba, raspa de amor-crescido e cajá.
Para uso externo o uso do cozimento da entrecasca, em bochechos e gargarejos, como anti-séptico antiinflamatório nos casos de feridas e úlcera da boca e afecções da garganta, bem como para lavagem de feridas malignas.
O broto de caju é utilizado para combater dores no estômago e problemas digestivos e deve ser fervido com broto de goiaba, embora sua eficácia e segurança ainda não tenham sido comprovadas cientificamente.
O sumo das folhas novas é utilizado para combater aftas.
Sua raiz é purgativa.
Os índios TICUNA da Amazônia usam o suco de seu pseudo-fruto como preventivo contra gripes.

 Dosagem indicada

Diabetes
 
Coloque 1 colher (chá) do pó da casca do caule do caju vermelho em 1 xícara (chá) de água em fervura. Desligue o fogo, espere esfriar e coe em uma peneira. Tome 1 xícara (chá) 2 vezes ao dia. Feridas, infecção da garganta
Coloque 1 colher (sopa) do pó da casca do caule em 1 copo de água em fervura. Desligue o fogo, deixe em repouso por 24 horas e coe em uma peneira. Use para fazer bochechos, gargarejos ou para lavar feridas infeccionadas.

Diarréias, disenterias
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas novas e frescas, cortadas em pedaços bem pequenos em 1/2 litro de água em fervura. Deixe ferver por 10 minutos e coe. Tome 1 copo toda vez que for evacuar. No caso de crianças deve ser dada metade da dose.

Baixar o colesterol e triglicerídeos do sangue
Consumir em pequenas doses (5 a 6 amêndoas) diárias.

Suplemento nutritivo (regime de emagrecimento)
A semente torrada pode ser consumida 1 hora antes das principais refeições em pequenas quantidades.

Alimento nutritivo
Ingerir o pseudo-fruto ao natural, como sobremesa ou entre as refeições, e em sucos.

Frieiras, cansaço dos pés
Coloque 1 colher (chá) de casca do caule em 1 litro de água em fervura. Deixe ferver por 15 minutos e coe em uma peneira. Despeje em uma bacia e acrescente mais 2 litros de água quente. Mergulhe o local afetado (pés ou mãos), por 10 a 15 minutos. Repetir a aplicação até a melhora.

Diabetes, eczemas, reumatismos, avitaminose C
Comer os pseudofrutos ao natural, ou sob forma de suco, 1 copo de 3 a 5 vezes ao dia.

Feridas e úlceras
Chá por decocção das folhas, banhar os locais afetados 3 vezes ao dia.

Verrugas, calosidades
Uso externo sob a forma de óleo, aplicado diariamente. 


   Uso culinário

Refresco de Caju
Ingredientes

  • 10 cajus
  • 1 litro de água gelada
  • açúcar a gosto
Retirar as castanhas, furar bastante com um garfo e espremê-los. Colocar numa vasilha o caldo, a água gelada, e o açúcar. Mexer bem.
Vinho de caju
Ingredientes
  • 4 litros de caldo de caju
  • 1 litro de aguardente
  • 1/2 kg de açúcar refinado
Preparo: colocar 4 litros de caldo de caju tirado da fruta e colocar em maceração durante 9 dias em vasilha louçada. Passado os 9 dias, misturar o litro de aguardente e o açúcar. Após 3 dias, coar, colocar em garrafão e guardar durante 4 meses. Só depois de 4 meses é que pode ser servido. Servir gelado.
Pavê crocante
Crocante

  • 1 xícara (chá) de açúcar
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • 1/2 xícara (chá) de castanha de caju picada
  • 1 pacote de biscoito tipo maisena picado grosso ( 200g)
Creme
  • 6 ovos (claras e gemas separadas)
  • 4 colheres (sopa) açúcar
  • 12 colheres (sopa) de chocolate em pó
  • 4 colheres (sopa) de licor de cacau
  • 1 1/2 (chá) de creme de leite fresco
  • chocolate em pó para polvilhar
Crocante: misture numa panela pequena o açúcar e a manteiga e leve ao fogo baixo mexendo lentamente até que o açúcar caramelize. Junte a castanha-de-caju picada, mexa mais um pouco e retire do fogo. Despeje a mistura em mármore untado com manteiga e deixe esfriar. Quebre o crocante depois de frio com um martelo de cozinha e junte-o ao biscoito triturado.Creme: bata as gemas juntamente com o açúcar até formar um creme esbranquiçado. Peneire sobre o creme 10 colheres (sopa) de chocolate em pó, junte o licor de cacau e misture bem. Bata o creme de leite fresco em ponto de chantilly e misture-o ao creme de chocolate. Por último, bata as claras em neve e incorpore-as delicadamente ao creme. Forre o fundo de uma forma refratária retangular média com a metade da mistura de crocante e biscoito. Despeje a metade do creme de chocolate, faça outra camada com o restante da mistura de crocante e biscoito e termine com nova camada de creme de chocolate. Leve à geladeira por 4 horas, ou até que o creme fique bem firme. No momento de servir, polvilhe com chocolate em pó.
Molho de Castanhas de Caju ao Curry
Ingredientes

  • 1 colher (sopa) de azeite de oliva
  • 1 cebola pequena picada
  • 1 dente de alho picado
  • 2 colheres (chá) de curry em pó
  • 150g de queijo cremoso de baixo teor de gordura
  • 45g de castanhas-de-caju torradas
  • sal e pimenta moída na hora
Preparo: em uma panela, aqueça o azeite em fogo moderado, acrescente a cebola e o alho, tampe e cozinhe por 5 minutos. Adicione o curry em pó, mexa e cozinhe por mais 2 a 3 minutos. Retire do fogo. Bata o queijo, a mistura de cebola e as castanhas-de-caju no multiprocessador ou no liquidificador. Passe para uma tigela de servir. Salada de alface, abacate, castanhas-de-caju torradas
Ingredientes

  • 1 pé de alface
  • 1 dente de alho descascado e cortado ao meio
  • 1 colher (sopa) de vinagre de vinho tinto
  • 3 colheres (sopa) de azeite de oliva
  • sal e pimenta moída na hora
  • 1 abacate maduro
  • 2 colheres (sopa) de suco de limão
  • 2 colheres(sopa) de cebolinha fresca picada na hora
  • 124 g de castanhas-de-caju torradas
Preparo: Lave e seque as folhas. Esfregue as metades de alho na saladeira e descarte-as. Se quiser um sabor acentuado, amasse-o e coloque na saladeira. Ponha o azeite e uma boa porção de sal e pimenta-do-reino na saladeira. Misture levemente com um garfo. Corte o abacate ao meio, remova a casca e o caroço e corte a polpa em pedaços. Coloque em uma tigela, regue com o suco de limão e tempere com um pouco de sal e pimenta-do-reino. Rasgue as folhas de alface e espalhe-as por cima do molho na saladeira. Acrescente a cebolinha, o abacate e as castanhas. Mexa a salada para as folhas absorverem o molho e sirva imediatamente.  

Curiosidades
O cajueiro era usado pelos índios do nordeste do Brasil desde a época pré-colombiana. Na época da safra ocupavam as praias para beber o mocororó que é o suco da fruta fermentado, faziam e armazenavam a farinha de caju preparada com as amêndoas assadas ao fogo e moídas junto com a polpa da fruta depois de espremida e dessecada ao sol. 


Outros usos
o LCC é utilizado na indústria de polímeros para fabricação de móveis e lonas de freios para veículos automotivos. Presta-se ao fabrico de vernizes e impermebilização de madeiras e também para preservar redes e linhas de pesca.

As cascas da castanha, apesar de conterem flavonóides, ácidos gálico e siríngico e galocatequina, são usadas como combustível nas fábricas de processamento, depois da extração do LCC.
A água de cozimento das cascas é utilizada pelos jangadeiros nordestinos para tingir suas roupas de trabalho no mar.
 Bibliografia
  • Almeida, Edvaldo Rodrigues de. Plantas Medicinais Brasileiras - Conhecimentos populares e científicos. Hemus Editora Limitada. São Paulo
  • Balmé, François. Plantas Medicinais. Hemus Editora Limitada. São Paulo.
  • Caribé, José & José Maria Campos. Plantas que Ajudam O Homem - Guia prático para a época atual. Editora Pensamento. São Paulo.
  • Corrêa, M. Pio 1926. Dicionário das Plantas Úteis no Brasil e das Exóticas Cultivadas - vol. 01. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro.
  • Di stasi, Luiz Cláudio & Clélia Akiko Hiruma-Lima. Plantas Medicinas na Amazônia e na Mata Atlântica. 2º edição. Editora Unesp, SP.
  • Lorenzi, Harri. Árvores Brasileiras - Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Vol. 1 e 2. Instituto Plantarum de Estudos da Flora LTDA. Nova Odessa, SP.
  • Lorenzi, Harri & F. J. Abreu Matos. Plantas Medicinais no Brasil - Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum de Estudos da Flora LTDA. Nova Odessa, SP
  • Martins, José Evandro Carneiro. Plantas Medicinais de Uso na Amazônia. Cejup. Belém.
  • Panizza, Sylvio. Plantas que Curam - Cheiro de Mato. 4º edição. Editora Ibrasa. SP.
  • Silva, Silvestre & Hernani Donato. Frutas Brasil Frutas. Empresa das Artes. SP. 
Fonte




Nome científicoAnanas sativus
Fotos ampliadas1
FamíliaBromeliaceae
Sinonímia popularAnanás
Parte usadaFruto
Propriedades terapêuticasRefrescante, diurético, expectorante, antiinflamatória, digestiva.
Princípios ativosRico em bromelina
Indicações terapêuticasAjuda na digestão, no emagrecimento, a dissolver coágulos sanguíneos, a reduzir inflamações, a acelerar a cicatrização de tecidos. Previne a osteoporose e as fraturas ósseas. Contra artrite, ácido úrico.

Informações complementares Origem
Brasil. Chamada pelos índios de nana (fruta excelente); a = fruta, nanas = excelente, ou seja, fruta saborosa.


Descrição
Devido à sua coroa, é considerado o rei das frutas, tendo nome científico de Ananas sativus, pertencente à família das Bromeliáceas.

Existem hoje cerca de 150 espécies diferentes de abacaxi. Os espanhóis que estiveram no Brasil na época do descobrimento experimentaram o fruto, gostaram do sabor adocicado, colheram o broto e levaram para a Espanha e Filipinas, onde a batizaram com o nome de piña.
O Havaí produz mais de 5 toneladas de abacaxi por ano, além da Austrália, Inglaterra, México, Cuba, Flórida e Índias ocidentais, onde também se cultiva a fruta.
A espécie encontrada em nosso país é o Ananas comosus, também conhecida com o nome de Ananas sativus. Destacam-se dela várias variedades: smooth cayenne (variedade havaiana) e pérola desenvolvida aqui.
Em menor escala temos as variedades boituva, jupi, rondon, salvaterra e lagoa santa. O plantio é feito por mudas, que vêm da parte inferior – filhotes, rebentos ou estolões da planta matriz. São necessários 4 a 5 meses para que o fruto se desenvolva. 

Uso medicinal
O abacaxi contém muito mineral como o cobre, que pode acabar com as dores, principalmente de cabeça. O Dr. James G. Penland, PhD. psicólogo do Departamento Norte Americano de Agricultura, após vários estudos com homens e mulheres com dores de cabeça, constatou uma melhora sensível com a aplicação do cobre na alimentação de seus pacientes. 


O abacaxi ajuda a dissolver coágulos sangüíneos, a reduzir inflamações, a acelerar a cicatrização de tecidos e na digestão. Além disso é antiviral, antibacteriano e um bom alimento para prevenir a osteoporose e as fraturas ósseas, devido ao seu alto teor de manganês. 

Contém ferro, que se encontra no fígado, ossos e medula óssea. Contém manganês que mantém os ossos fortes. A professora de Nutrição da Universidade do Texas, em Austim nos Estados Unidos, Jeanne F. Graves, aconselha as pessoas, sobretudo as mulheres, a comer abacaxi ou a tomar do seu suco, pois a fruta é rica em manganês. Este mineral está envolvido no metabolismo ósseo, sem ele as pessoas podem desenvolver osteoporose intensa.
Contém cálcio, vital para a formação dos ossos e dentes, o mineral mais conhecido na prevenção da osteoporose e a coagulação do sangue. Segundo o Dr. Cedric Garlanda, diretor do Centro de Câncer da Universidade da Califórnia em San Diego, homens que consumiram diariamente certa quantidade de cálcio nos alimentos diariamente durante mais de duas décadas tinham 1/3 da propensão ao desenvolvimento de câncer de cólon em relação aos outros que não o consumiram, pois o cálcio suprime a proliferação de células superficiais da parede interna do cólon, prevenindo o rápido crescimento do câncer. 

Contém fósforo, que se encontra no corpo dos animais na mesma quantidade aproximadamente que o cálcio, é parte importante dos tecidos cerebrais.

Contém iodo, necessário ao organismo para abastecer a glândula tireóide.
Seu alto teor de fibras ajuda na prisão de ventre, pois age como laxativo suave e natural. Possui também as vitaminas A e C, que aumentam a imunidade. 

A Vitamina A é essencial contra doenças de pele, infecções infantis e distúrbios digestivos. É ótima aliada no tratamento de colite e doença de Crohn. Um estudo de Harvard mostra que homens que consomem altas doses de vitamina A têm risco 54% menor de ter úlcera do que aqueles com nível mais baixo.

A recomendação diária é de cinco mil UI. Impede que o colesterol se torne tóxico, além de ser um importante antídoto contra derrame. 

A Vitamina C é importante para o corpo celular e para os vasos sanguíneos, combate as infecções e é essencial para a boa saúde dos dentes, das gengivas e dos ossos. 

Mais a maior virtude dessa fruta está na quantidade de bromelina, extraída do talo do abacaxi, enzima capaz de degradar materiais albuminóides (proteínas solúveis em água) em proteases ou peptonas, dissolver gorduras, principalmente as das carnes, sendo empregada também para amaciá-las, para clarificar cerveja e como droga antiinflamatória. 

A bromelina é encontrada no fruto, no miolo do abacaxi, onde se concentra a maior quantidade de bromelina, ou mesmo na parte central da fatia (parte dura), que muita gente retira na hora de saborear a fruta. A enzima bromelina age em nosso organismo desempenhando três funções:
  1. tem ação mucolítica, dissolvendo o muco ou catarro dos pulmões, favorecendo uma limpeza geral, como se fosse passada uma esponja, facilitando a expectoração, além de ajudar no trânsito intestinal;
  2. é antiinflamatória, ajudando a desobstruir a circulação, principalmente se houver edema provocado por batida em algum acidente;
  3. é digestiva, sua principal virtude. Age no estômago, pois a bromelina é a enzima que desdobra as proteínas alimentares, facilitando o melhor aproveitamento dos nutrientes, favorecendo e acelerando a digestão pesada.
Indicação como diurético e para tosse 
O suco de abacaxi é um excelente diurético, pois sua polpa é constituída de 93% de água e é laxante suave. E para quem sofre de tosses rebeldes, experimente bater num liquidificador 2 fatias de abacaxi com 2 colheres de sopa de mel. Tomar 2 colheres de chá a cada duas horas. Não há tosse que resista. 


  Outras indicações: doenças circulatórias, artrite, ácido úrico 
Não são apenas esses os efeitos benéficos desta fruta. Na terra do Tio San, o nosso abacaxi (hoje “naturalizado” americano) é indicado pelos médicos para as pessoas que sofrem de doenças circulatórias, pois tem a ação de “quebrar” nas artérias as placas de fibrinas, que são as proteínas que formam a parte essencial dos coágulos sanguíneos. 


Como tem propriedades antiinflamatórias, combate a artrite, que se caracteriza por inflamação ou dor nas juntas, joelhos, cotovelos e dedos. 

O que é ácido úrico?
É a destruição de células sadias por ingestão de bebidas e alimentos, já citados. Para que novas células se estabeleçam no organismo, os núcleos de cada uma dessas células deverão eliminar substâncias que devem ser descartadas pelo corpo, essa eliminação deve ocorrer pela urina. 

Esta doença tem cura? 
Se diagnosticada por meio de exames de sangue, no seu início, sim! O tratamento é feito com remédios que provocam a eliminação pela urina, e por aparelhos para ajudar a reduzir a dor. Deve-se evitar alimentos com muita proteína como peles e fígados de animais, carnes vermelhas, como também bebidas tais como vinho tinto e cerveja, que certamente irá provocar o aumento de ácido úrico, aceitável pelos padrões de medicina.
Para quem tem problemas de gota/ácido-úrico, ingerir 3 fatias de abacaxi de manhã, 3 à tarde e 3 à noite, durante 30 dias. 

Abacaxi em dietas de emagrecimento 
Tem ação anorexígena, usado em dietas de emagrecimento, reduz o apetite. Para quem quer perder peso, o abacaxi tem uma ação fora de série. Se você quiser perder um quilo num dia, faça o seguinte: numa segunda- feira, por exemplo, durante o dia todo, só use fatias de abacaxi como alimento e sucos com água, sem ingerir outros alimentos. No final da noite, pese-se e observe que perdeu 2 quilos (depois recupera-se 1 quilo). Repita a dose na outra semana. Até o fim do mês, você perderá com certeza 4 quilos. 


Que tal?
Comece já, ingerindo esta saborosa, gostosíssima e emagrecedora fruta tropical, que só podia ter tido origem em nosso país abençoado por Deus. O valor calórico em 100g de abacaxi, é de aproximadamente 33 calorias. 

Faça um suco excelente com fatia de abacaxi e folhas de hortelã. Bata no liquidificador com gelo. Ninguém resiste! 

Curiosidade
Quem enfrenta problemas de ordem financeira, profissional ou sentimental, diz: “Tenho na minha frente um abacaxi”. Se todos os problemas fossem um abacaxi, seriam fáceis de resolver!Talvez a razão de compará-los a essa fruta tropical se deva ao trabalho de descascá-la sem faca.


 Uso culinário
Para quem não tem problema de sobrepeso, aproveite essa receita de cocada de abacaxi cremosa. 






Cocada de abacaxi cremosa: o casamento perfeito do abacaxi com o coco

Foto: Mauro Holanda
Tempo de preparo: até 30 minutos
Rendimento: 16 porções
Nível de dificuldade: fácil
Categoria: doce caseiro
Calorias: 192 por porção 
Ingredientes
  • 2 xícaras (chá) de açúcar
  • 1 xícara (chá) de água
  • 4 xícaras (chá) de abacaxi cortado em cubinhos
  • 2 gemas
  • 1 lata de leite condensado
  • 300g de coco ralado
Modo de Preparo






Ferva o açúcar e a água por dois minutos, ponha o abacaxi e ferva por mais três minutos. Junte as gemas, o leite condensado e o coco ralado.
No fogo baixo, e sem parar de mexer, cozinhe até que se desgrude do fundo da panela. Deixe esfriar e sirva em taças.
 Bibliografia 
Parte integrante do livro As Incríveis 50 Frutas com Poderes Medicinais do escritor Lelington Lobo Franco. 


 Colaboração
Lelington Lobo Franco
 , escritor, químico, fitologista (Curitiba, PR) 

Fonte

Coco

Nome Científico: Cocos nucífera
Nome Família: Palmáceas
 

Do coco, tudo se aproveita. A camada externa serve para fabricar capachos, brochas, escovas e tecidos grossos para sacos. Da casca dura da noz, fazem-se objetos caseiros. As partes comestíveis do fruto são a polpa branca e a água, que podem ser consumidas quando o fruto ainda está verde ou depois de maduro.


 O valor nutritivo do coco varia de acordo com o seu estado de maturação. À medida que a polpa amadurece, aumenta seu teor de gorduras. Também contém sais minerais, como potássio, fósforo, sódio e cloro. Possui proteínas importantes para o funcionamento do organismo e fibras, que estimulam a atividade intestinal.

Curiosidade
Se quiser ralar o coco bem fininho, rale pela parte côncava (a parte arredondada).

No Timor, a água-de-coco é um líquido sagrado usado para abençoar os plantios de milho.

Para que o coco usado na decoração de bolos não escureça, polvilhe-o com açúcar antes de usar.

O coco seco solta muito mais fácil da casca se for aquecido no forno antes de ser quebrado.

A água-de-coco funciona como um excelente diurético. É só beber um copo por dia. Os resultados são surpreendentes: baixa a pressão arterial, elimina o inchaço dos pés e diminui o colesterol.

Dica
Para verificar se o coco maduro está em boas condições, basta bater com uma moeda em sua casca. Se ele estiver fresco, o som será estridente. Se for oco, indicará que a fruta está estragada.

Propriedades Nutricionais
O valor nutritivo do coco varia com seu estado de maturação, apresentando bom teor dos sais minerais Potássio, Sódio, Fósforo e Cloro. Sua polpa é rica em fibras e bastante calórica.

Propriedades Medicinais
A polpa do coco é rica em fibras, auxiliando no bom funcionamento  intestinal. Seu conteúdo em Potássio, tanto na água como na polpa, auxilia no bom funcionamento do coração, mantém a pressão arterial em bons valores, protege a função neuromuscular.

Valor Calórico
100 gramas de coco maduro fornecem 266 calorias. 100 gramas de água de coco fornecem 22 calorias.

Como Comprar
Encontrado em feiras e supermercados, deve ser escolhido em função do seu peso e da quantidade de água que tem. Para saber se está em boas condições, é suficiente bater com uma moeda nas casca: se ele estiver fresco, o som é estridente; e se o som for oco, indica que a fruta está estragada.

Como Armazenar
Quando fechado, o coco fresco conserva-se por 2 meses, depois de aberto, deve ser usado no mesmo dia ou guardado em recipiente tampado, com água, até 2 dias ou em saco plástico fechado. O seco, com ou sem água, permanece por muito tempo sem se alterar. A gordura de coco pode ser guardada dentro ou fora da geladeira.

Como Preparar
Da polpa se obtém um refresco usado em doces, sorvetes, preparações a base de peixe e frutos do mar (leite-de-coco). Para completar, oferece uma bebida única e impossível de ser copiada, a água-de-coco.

O coco realça o sabor dos alimentos, sendo excelente no preparo de  bebidas, pratos doces e salgados, substituindo com vantagem nozes e amêndoas nos diferentes tipos de receitas.





Melancia (Citrullus lanatus) é um fruto rasteiro, originário de África e é cultivada ou aparece quase espontaneamente em áreas secas e de solo arenoso. Campeã de baixas calorias (31kcal/100g), é constituída por cerca de 90% de água e contém vitaminas do complexo B e sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro. A sua polpa vermelha contém licopeno e o betacaroteno, antioxidantes que lhe conferem propriedades anti-cancerígenas e anti-envelhecimento.

Recentemente Bhimu Patil, diretor do Fruit and Vegetable Improvement Center e professor da Texas A&M University, afirmou que a melancia tem ingredientes que produzem efeitos nos vasos sanguíneos semelhantes aos do Viagra e podem também aumentar a libido. 

O fitonutriente presente na melancia que tem atraído a atenção dos cientistas é a citrulina, que tem a capacidade de relaxar os vasos sanguíneos, da mesma forma que o Viagra o faz. Quando a melancia é consumida, a citrulina é convertida em arginina por enzimas. "A arginina estimula a produção de ácido nítrico, que relaxa os vasos, o mesmo efeito básico que o Viagra tem para tratar a impotência e até mesmo preveni-la", afirma Patil. 

Os cientistas reconhecem que a impotência pode ser causada também por problemas psicológicos, mas afirmam que uma quantidade extra de ácido nítrico pode ajudar aqueles que precisam de um maior fluxo sanguíneo, o que também é útil no tratamento de problemas cardiovasculares. 

"A melancia pode não ser tão direccionada ao órgão em questão como o Viagra, mas é uma óptima maneira de relaxar os vasos sanguíneos sem nenhum efeito colateral", afirma Patil. 

Para escolher uma boa melancia dê uma pancadinha com o dedo na casca. Se o som for oco, pode comprar. Depois de aberta deve conserva-la no frigorífico por quatro dias. 


Fonte:O GloboOnline/Ciência




Melancia
Propriedades da MELANCIA:

A melancia, rica em vitamina B1, B2, fósforo, cálcio é diurética, refrigerante. 
Devido as propriedades da melancia é uma fruta indicada para benefícios de curar diversas doenças. 

  Cura reumatismos, febre, elimina vermes, obstruções renais. A melancia limpa o estômago e o intestino e traz bons resultados nas enfermidades das vias urinárias. Recomendada também para artrite, obesidade, bronquites crônicas, acidez gástrica, dispepsia, males dos rins, da bexiga, pressão alta, eliminação de ácido úrico, reumatismo e muito bom para a pele. 

As sementes amassadas são usadas para combater males do aparelho urinário. 

A polpa e a casca trituradas, faz se uma pasta, e é ótima no tratamento de erisipela, colocando a substância no local. As sementes, trituradas, acalmam as dores produzidas por ferimentos, além de reduzirem a hipertensão arterial. também é indicado na prevenção do câncer. 

O suco das sementes é considerado vermífugo e diurético leve.

fonte:



As folhas da Gravioleira


Dr. Drauzio Varella


"A medicina moderna tem muito que aprender com o apanhador de ervas." Halfdan Mahler Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (1973-1988)

    A graviola é uma árvore que cresce até 10 m. de altura, quase sempre apenas a metade ou ainda menos, dependendo da região e do clima. A casca do caule é aromática, as folhas são alternas e crescem até 15 cm de comprimento por 7 cm de largura, verdes e vernicosas na página superior e com bolsas na axila das nervuras laterais na página inferior, ligeiramente tomentosas. Inflorescência cauliflora, brotando da casca velha do caule e dos ramos. Pedúnculos robustos. Cálice com lobos triangulares e agudos. Flores axilares, solitárias, sub-globosas, amareladas com seis pétalas grossas e carnosas. 

 

O fruto é uma baga de forma irregular, mais ou menos ovóide, até 30 cm de comprimento e 12 cm de largura, com epiderme verde escura, espessa, areolada (carpelos soldados), cada aréola ou saliência cônica tendo no ápice um espinho comprido, mole e recurvado, verde, enquanto jovem, depois castâneo-ferrugíneo e com as extremidades quase pretas. O fruto pode atingir grandes dimensões, mas raramente excede 2 kg. (1)

    Esta planta, que é a espécie típica do gênero, porquanto foi a primeira descrita e desenhada, já era objeto de cultura antes das chegada dos europeus, no processo de conquista e colonização do Brasil. 

 Numerosos autores asseguram que ainda hoje é encontrada silvestre nas matas de várias ilhas antilhanas (Cuba, Haiti, Jamaica, Porto Rico), na América Central e até na Venezuela, sendo levada para outras regiões da terra, como África, Ásia, inclusive o Brasil, que provavelmente recebeu as primeiras mudas em 1750, procedentes da Jamaica e introduzida no Pará por iniciativa de Manuel Mota de Siqueira. 

Entretanto Gabriel Soares de Sousa já fazia referência à existência desta excelente fruteira na Bahia em 1587, com o nome de araticu. (2) Em outros países onde foi introduzida tornou-se subespontânea (inclusive na Amazônia) e em todo o mundo é mais ou menos cultivada, sempre frutificando desde o terceiro ano de idade.

    No Brasil é mais conhecida com o nome de graviola. Na Bahia é chamada também de curaçau e ata- de-lima ou jaca-de-pobre em Camamu, assim como araticum. Em Minas Gerais é chamada de ata, coração-de-rainha, jaqueira-mole. No Haiti é conhecida como anon, em Cuba e no México como guanábana. Na África, onde também foi introduzida é conhecida como sap-sap. Na ilha de São Tomé é conhecida como coração-da-Índia ou coração-de-preto (1) (3) (4) (5)

    Os frutos, em estado verde são usados para combater a disenteria e úteis contra as aftas das crianças (sapinhos). No Brasil, come-se como legume, cozidos, assados no forno ou fritos em fatias. Depois de maduros, a polpa tem um aroma agradabilíssimo, misto de maçã e de pêra, e o sabor, ligeiramente ácido, lembra o perfume do abacaxi e do morango. Quem conhece o fruto corta-o no sentido vertical, tira-lhe a polpa e abandona a parte externa, que é fedorenta, dura e coriácea, tendo paladar amargo e desagradável, terebintáceo. Essa polpa, parecendo algodão em rama molhado e tendo consistência semelhante à manteiga, é comestível, porém constituída por celulose quase pura e de difícil digestão e por isso o seu melhor aproveitamento consiste em extrair o suco, para o preparo de bebidas refrigerantes e sorvetes, reconhecidamente deliciosos, bem como para geléias e marmeladas, consideradas peitorais, antiescorbúticas, diuréticas e febrífugas. (1) O óleo essencial extraído das folhas e dos frutos verdes tem cheiro pouco agradável, mas misturado ao óleo de amêndoas ou de amendoim, é indicado em fricções nos casos de nevralgias e reumatismo. (9)

    Segundo Theodoro Peckolt, o pioneiro fitoquímico de origem alemã, que estudou as plantas medicinais no Brasil, as folhas contusas e misturadas com azeite quente servem para resolver os furúnculos e abcessos. A casca da raiz é indicada como tinguijante de peixes. Os frutos verdes, externamente, reduzidos à consistência pastosa servem para curar as aftas de crianças (sapinhos). (10)

    Em levantamente etnobotânico realizado pela Prof. Maria Elisabet van den Berg no Pará, a graviola foi indicada para o tratamento de diabetes, e como calmante e anti-espasmódico. (19)

    Hoehne também reconhece que as folhas são prescritas para eliminar vermes intestinais e em forma de decocção para resolver abcessos. Frederico Carlos Hoehne, grande botânico brasileiro, reconhecido internacionalmente, não tinha formação acadêmica. Quando acompanhou a Comissão Rondon em 1908, Hoehne foi nomeado apenas como ajudante de botânica, numa comissão que não possuía nenhum botânico, quando na verdade era apenas jardineiro-chefe do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Todo o trabalho de botânica da primeira expedição foi realizado exclusivamente por Hoehne! Pois bem, Hoehne é um dos mais prolíficos autores botânicos brasileiros, produzindo desde 1910 até sua morte em 1959, 478 títulos bibliográficos, artigos e livros, produzindo um total de 11.000 páginas! Do herbário da Comissão Rondon foi responsável pela coleta de 10.000 exsicatas. Hoehne descobriu novos gêneros e novas espécies ao longo de toda a sua carreira, sendo responsável pela identificação de aproximadamente 400 novas espécies. (11) (18)

    Narciso Soares da Cunha, farmacêutico e doutor em medicina, afirmava em 1941 que as folhas da graviola eram indicadas para combater a glicosúria e o diabetes. (12) Também o Dr. Flavio Rotman reconhece que a infusão das folhas da graviola são muito utilizadas pelos diabéticos para baixar a glicose sanguínea elevada. (14)

    O botânico Caminhoá, no século XIX, reconhece que os frutos verdes são adstringentes e úteis contra a disenteria, assim como contra as aftas e que as folhas, fritas com óleo ou fervidas são úteis no tratamento do reumatismo.

    O Prof. Dias da Rocha, reconhece em seu formulário editado pela primeira vez em 1919, que as folhas da graviola são sudoríficas e peitorais. Indica nesses casos a infusão das folhas, 3 g. para 200 ml. de água fervente, na tosse e em todas as suas manifestações, durante uma semana. Apesar de não ser médico, como naturalista autodidata, coletava exemplares da flora, fauna, rochas, minerais e peças indígenas do Ceará e, além disso, como homeopata atendia em sua residência vasta clientela, composta de gente pobre, para quem receitava gratuitamente e às vezes fornecia o remédio. A sua especialidade era tratar de crianças. Hoje em dia todo o seu acervo constitui o Museu Dias da Rocha em Fortaleza.

    Em análises de plantas oriundas da República Dominicana foi verificada a existência de ácido cianídrico na raiz, no fruto verde, nas folhas e nas flores. (1) Outros autores também confirmam estas análises, já que na África a casca da raiz contém ácido cianídrico e por isso são usados como venenos para pescar. (6)

    Os índios Waimiri Atroari cultivam também a árvore. A infusão das folhas é usada para reduzir os níveis de glicose no sangue e na Guiana Francesa são usadas como sedativo. Na República Dominicana os frutos são usados como cataplasma para estimular lactação nas mulheres que estão amamentando. Extratos das folhas tem poderoso efeito hipotensor em cobaias. (6) (7)

     A decocção dos rebentos novos das folhas é usada em Cuba contra a tosse para desobstruir os brônquios ou em fomentos contra as inflamações externas e para lavar os pés inchados. O refresco do fruto é indicado para hematúria (sangue na urina), assim como facilita a secreção urinária e alivia a uretrite. A infusão das folhas é considerada sudorífica. No eczema, coloca-se as folhas sob a forma de emplastro e se cobre com um pano. Segundo Grosourdy, em Cuba, as folhas e os brotos tem propriedades antiespasmódicas e estomáquicas e constituem um remédio popular muito útil contra as indigestões, já que facilitam as digestões difíceis. Os nativos, segundo Grosourdy, utilizam as folhas tenras molhadas com saliva nas carnosidades que aparecem no entorno das cauterizações, eliminando-as em muito pouco tempo e sem dor, não deixando cicatrizes. A polpa do fruto aplicada como cataplasma, durante 3 dias, sem trocar, nas feridas provocadas pelos bichos-do-pé (Tunga penetrans) elimina-os. Ao retirar a cataplasma, as chagas apresentam melhor aspecto e curam com maior facilidade. O pó das sementes trituradas é eficaz para matar piolhos. A tintura macerada com as sementes trituradas em bebidas destiladas tem propriedades vomitivas muito enérgicas. (4)

    Na Venezuela, segundo Pittier, a graviola é conhecida também como guanábano, e as folhas, em infusão, são usadas para combater a diarréia. (8)

    Em Angola, na África, os curandeiros negros empregam, em casos de disenteria e diarréia, a decocção das sementes trituradas. (5)

    Em pesquisas mais recentes, o Prof. Edile de Medeiros Sampaio e colaboradores da Universidade Federal do Ceará (1974), reconheceram o potente efeito hipoglicemiante das folhas de graviola. (13)

    No livro mais atualizado que existe no Brasil sobre plantas medicinais, o livro do Prof. Matos e de Harri Lorenzi, se reconhece os diversos usos medicinais baseados na tradição popular, registrados na literatura etnofarmacológica. Acrescenta que recentemente tem crescido muito o uso do chá das folhas como agente emagrecedor e medicação contra alguns tipos de câncer.

    No citado livro, o estudo fitoquímico mostrou que as folhas contém até 1,8% de óleo essencial rico em beta-cariofileno, gama-cadineno e alfa-elemeno, enquanto que o obtido do fruto ésteres e compostos nitrogenados como substâncias responsáveis  pelo seu aroma. Na composição química do fruto estão presentes açúcares, tanino, ácido ascórbico, pectinas e vitaminas A (beta-caroteno), C e do complexo B, enquanto nas folhas, casca e raiz desta planta vários alcalóides foram identificados descritos como reticulina, coreximina, coclarina e anomurina. Nas sementes, nas folhas, casca e raízes desta planta foram encontrados o ciclopeptídeo anomuricatina A e várias acetogeninas.

    As acetogeninas formam uma nova classe de compostos naturais de natureza policetídica de grande interesse para farmacologistas e químicos de produtos naturais em todo o mundo, por serem farmacologicamente muito ativas como antitumoral e inseticida, sendo a mais ativa delas a anonacina; uma outra substância desta classe mostrou intensa atividade contra o adenocarcinoma do cólon (intestino grosso), numa concentração 10.000 vezes menor do que a adriamycina, quimioterápico usado para tratamento deste tipo de tumor. Descobertas como estas tem provocado uma grande procura por folhas de graviola, cuja negociação pelas empresas de cultivo com os laboratórios de pesquisa e de produção de fitoterápicos especialmente do exterior, alcança quantidades da ordem de toneladas. O amplo emprego desta planta nas práticas caseiras da medicina popular e seus resultados positivos, além da grande disponibilidade de material no Brasil, são motivos suficientes para sua escolha como tema de estudos químicos, farmacológicos e clínicos mais aprofundados, visando sua validação como medicamento antitumoral. (15) (16)

    No XVI Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil em outubro de 2000, foi apresentado um trabalho mostrando um novo método de extração de acetogeninas das sementes da graviola, já que pelo processo clássico de extração por solventes as dificuldades são grandes em função da riqueza de ácidos graxos neutros contidos nas sementes. No entanto se obtém um índice de extração de acetogeninas de 17% através da extração por fluido supercrítico (SFE). (20) Evidentemente busca-se eficiência na extração das acetogeninas em função de sua atividade antitumoral comprovada.

    Em 16 de julho de 2007 o Globo Repórter fez uma reportagem sobre a graviola, entrevistando inicialmente a empresária e fitoterapeuta (*) Leslie Taylor que importa 400 toneladas de folhas de graviola do Brasil, do Peru e do Equador, para produzir o fitoterápico N-Tense, um composto de graviola com mais 7 plantas brasileiras. O produto é utilizado no tratamento do câncer e a empresa Raintree, com sede em Austin, distribui o medicamento para 400 médicos nos Estados Unidos, que vem obtendo bons resultados com o produto. Não podem anunciar os resultados porque a vigilância sanitária nos EUA não permite que sejam divulgados os tratamentos feitos com medicamentos oriundos de plantas medicinais. Na Alemanha, o Dr. Helmut Keller utiliza o mesmo medicamento produzido nos EUA com resultados surpreendentes. Um paciente conseguiu fazer desaparecer um câncer da bexiga em 3 semanas de tratamento! A empresária obteve as informações sobre a graviola de um grande laboratório nos Estados Unidos que desistira de patenteá-lo porque não tinha conseguido sintetizar a substância ativa, no caso, uma das acetogeninas.

    Atualmente a graviola é cultivada em várias partes do mundo, desde o sul da Flórida até a China, África e Austrália. Essa extraordinária dispersão mundial da graviola é, naturalmente uma decorrência do excelente sabor e aroma de seus frutos, assim como das propriedades medicinais de diferentes partes da planta.

    Pode-se observar que, analisando o mosaico de aplicações em diferentes países, as indicações são muito semelhantes a partir do levantamento etnobotânico promovido em diferentes épocas e em diferentes países.

    Portanto, Dr. Dráuzio, a experiência popular com a graviola tem pelo menos 400 anos, já que em 1578 a planta e seu saboroso fruto já eram conhecidos na Bahia. Além disso os ensaios fitoquímicos e fitofarmacológicos existem há pelo menos há 35 anos! Realmente ainda são necessárias mais pesquisas para consolidar as propriedades terapêuticas da planta, mas tudo indica que a pomada de graviola produzida pelo Prof. Frazão tem fundamento e deve estar produzindo efeitos benéficos nos pacientes.

    Esta é a planta que o Dr. Dráuzio Varella afirmou que não serve para nada com uma pesquisa de apenas alguns dias, com o objetivo de denegrir a imagem de um professor, que, ainda de maneira embrionária, busca com honestidade encontrar medicamentos a partir de plantas para tratar as pessoas que não possuem recursos para adquirir medicamentos sintéticos e de efeito duvidoso.

    A escassa documentação protocolar da pesquisa do Prof. Frazão não invalida o seu trabalho. Se fosse assim teríamos que invalidar toda a experiência de origem indígena e popular que gera inúmeras substâncias extremamente úteis para a ciência, tais como, alcalóides e glucósides, descobertos empiricamente em experiências populares e indígenas, quase sempre anônimas. O que o Prof. Frazão necessita é de apoio financeiro e da colaboração de pesquisadores com melhor aparato cientifico para aperfeiçoar sua pesquisa feita ao longo de anos de dedicação, com o exclusivo objetivo de ajudar quem precisa. Além disso a reportagem não informou que os medicamentos preparados pelo Prof. Frazão são entregues gratuitamente aos pacientes e as entrevistas com os pacientes que foram curados com a pomada de graviola ...

    Agora cabe ao público escolher entre a pesquisa apressada do Dr. Dráuzio e a longa experiência popular, indígena, científica e inclusive a experiência do Prof. Frazão a respeito da  graviola.

   Prof. Douglas Carrara


   Antropólogo, Professor, Pesquisador de medicina popular e fitoterapia no Brasil


Biblioteca Chico Mendes


djcarrara(arroba)hotmail.com


Bibliografia Consultada:

(1) CORRÊA, Manoel Pio (1874-1934):

1952 - Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas - Vol. III - Ministério da Agricultura - Rio - pp. 486

(2) SOUSA, Gabriel Soares de (1540? - 1591):

1974 - Notícia do Brasil - Comentários e Notas de Varnhagen, Pirajá da Silva e Edelweiss - MEC - Rio - pp. 363

(3) CAMINHOÁ, Joaquim Monteiro (1836-1896):

1877 - Elementos de Botânica Geral e Médica - Tip. Nacional - Rio - pp. 2317

(4) MESA, Juan Tomás Roig y (1877-1971):

1988 - Plantas Medicinales, Aromáticas o Venenosas de Cuba - 2 vol. - Ed. Cientifico-Tecnica - La Habana - pp. 161

(5) FICALHO, Conde de (1837-1903):

1947 - Plantas Úteis da África Portuguesa - Agência Geral das Colônias - Lisboa - pp. 76

(6) MILLIKEN, William; Robert P. Miller; Sharon R. Pollard & Elisa V. WANDELLI:

1992 - The Ethnobotany of the Waimiri Atroari Indians of Brazil - Royal Botanic Gardens - London - pp. 50

(7) CAVALCANTE, Paulo B. (1922-2006):

1996 - Frutas Comestíveis da Amazônia - 6a. Ed. - Museu Paraense Emilio Goeldi - Belém - pp. 109.

(8) PITTIER, H.:

1926 - Manual de las Plantas Usuelles de Venezuela - Lit. Del Comercio - Caracas - pp. 245

(9) PENNA, Meira:

1946 - Dicionario Brasileiro de Plantas Medicinais - Ed. Kosmos - Rio - pp. 33

(10) PECKOLT, Theodoro (1822-1912) e Gustavo:

1914 - Historia das Plantas Medicinaes e Úteis do Brazil - Pap. Modelo - Rio - pp. 62

(11) HOEHNE, F. C.: (1882-1959):

1939 - Plantas e Substâncias Vegetais Tóxicas e Medicinais - Dpt. de Botânica de SP - S. Paulo - pp. 123

(12) CUNHA, Narciso Soares da:

1941 - De von Martius aos Ervanários da Bahia - Pap. Dois Mundos - Salvador - pp. 42

(13) BRAGANÇA, Luiz Antonio Ranzeiro de:

1996 - Plantas Medicinais Antidiabéticas - Eduff - Niterói - pp. 170.

(14) ROTMAN, Flávio:

1984 - A Cura Popular pela Comida - Ed. Record - Rio - pp. 199

(15) LORENZI, Harri & F. J. Abreu MATOS (1924-2008):

2008 - Plantas Medicinais no Brasil Nativas e Exóticas - 2a. Ed. - Ed. Plantarum - Nova Odessa - pp. 67

(16) TAYLOR, L.:

1998 - Herbal Secrets of the Rainforest - Prima Health Publ. - Rocklin, CA, 315 p.

(17) MATOS, Francisco Jose de Abreu Matos (1924-2008):

1987 - O Formulário Fitoterápico do Professor Dias da Rocha (1869-1960) - Esam - Mossoró - pp. 208

(18) HOEHNE, F.C. (1882-1959):

1951 - Relatório Anual do Instituto de Botânica - São Paulo - 155 p

(19) BERG, Maria Elisabeth van den:

1982 - Plantas Medicinais na Amazônia - Museu Paraense Emilio Goeldi - Belém - pp. 22

(20) MAUL, Aldo Adolar et all:

2000 - Extração Supercrítica das Sementes de Graviola (Annona muricata L.), Annonaceae) in Livro de Resumos do XVI Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil - Recife - PE - Brasil. - pp. 174


(*) Nos Estados Unidos, a profissão de naturopata é reconhecida legalmente e existem cursos de formação para quem deseja exercer a profissão.

Fonte

Ameixas

São poucos os frutos que nos presenteiam com um tão variado leque de cores como as doces e sumarentas ameixas.

Em Portugal a época da ameixa vai de Julho a Setembro e no Brasil de Dezembro a Fevereiro.Ameixas
A ameixeira pertence ao género Prunus da família botânica Rosaceae (a que pertencem também a cerejeira e o pessegueiro e amendoeira) São todos eles considerados Drupas (Frutos carnosos de apenas uma semente, sendo esta envolvida numa casca muito dura.)

Benefícios para a saúde

Tanto a ameixa fresca como seca (Prunus Domestica) têm sido sujeitas a inúmeras pesquisas devido ao seu alto teor de fito nutrientes únicos conhecidos como ácido neoclorogénico e ácido clorogénico.

Estas substâncias encontradas nas ameixas são classificados como fenóis e a sua acção antioxidante tem sido bem documentada.

Estudos conduzidos na universidade de Innsbruck na Áustria sugerem que as ameixas amadurecidas quase ao ponto de decomposição apresentam maiores níveis de antioxidantes. Coma-as portanto bem maduras.

A capacidade de ajudar na absorção de ferro pelo corpo tem sido também bem documentada. Esta capacidade de absorção pode estar relacionada com o alto teor de vitamina C neste fruto.

As ameixas são também uma boa fonte de vitamina A (na forma de Beta-caroteno), vitamina B2, potássio e fibra. Possui aliás mais fibra que qualquer outro fruto, hortaliça ou legume.

Devido ao alto poder laxativo as ameixas são recomendadas contra a prisão de ventre. Deve colocar as ameixas secas de molho num copo com água durante a noite. Ainda em jejum, na manha seguinte deve ingerir tanto as ameixas como a agua. Ingerir apenas as ameixas secas sem colocar de molho também produz resultados.

A ameixa seca, como é mais concentrada, torna-se muito energética, fornecendo uma grande quantidade de calorias. Ideal para pessoas com grande actividade física.Ameixas-Secas

Principais nutrientes por 100g de ameixa.
Vitamina C(mg)9.5
Vitamina A(mcg)17
Fibra dietética(g)1.4
Riboflavina(mg)0.026
Potássio(mg)157
Calorias(Kcal)46
USDA National Nutrient Database for Standard Reference, Release 20 (2007)

Descrição

O nome científico da ameixa é Prunus Doméstica.

Uma das particularidades das ameixas é que existem mais de 2000 variedades. As ameixas são classificadas em seis grandes grupos: Japonesa, Americana, Damson, Ornamental, Selvagem e Europeia oferecendo-nos um vasto leque de tamanhos, formas e cores.

Embora sejam normalmente redondas, podemos também encontrá-las ovais e em forma de coração. A sua pele pode ser vermelha, roxa, preto azulado, verdes, amarela ou âmbar enquanto que a sua polpa pode ser amarela, verde, rosa e laranja. Um verdadeiro arco-íris.

HistoriaSumo-Ameixa

Com uma tão grande variedade de ameixas disponíveis não é de surpreender que os vários tipos tenham tido locais de origem bem diferentes. Crê-se que a ameixa Europeia foi descoberta à cerca de dois mil anos tendo origem na área perto do Mar Cáspio. No tempo dos Romanos haveria já mais de 300 variedades de ameixa Europeia. Foram introduzidas na América pelos peregrinos no século XVII.

Embora a ameixa Japonesa seja originária da China, foi no Japão onde mais se cultivou e desenvolveu. Hoje, os Estados Unidos, a Rússia, a China e a Roménia são dos maiores produtores de ameixa. 

Como comprar e armazenar


Se quiser comprar ameixas maduras e prontas a comer seleccione as que cedem ao pressionar ligeiramente e que tenham a extremidade macia.

Embora também as possa amadurecer em casa evite adquiri-las demasiado duras pois é sinal de que não terão maturidade suficiente e por conseguinte não desenvolverão um sabor e textura agradáveis.

As ameixas de boa qualidade tem uma cor viva e uma camada fina e esbranquiçada na pele significa que não foram muito manuseadas. Não devem apresentar sinais de pisadura e deficiências na pele.

As ameixas que não estejam bem maduras podem ser amadurecidas à temperatura ambiente. Como esta fruta amadurece muito rapidamente verifique o seu estado um ou dois dias depois para que não amadureça em demasia. Uma vez Maduras podem se conservadas no frigorifico por alguns dias.

As ameixas podem ser congeladas mas para garantir um sabor agradável retire-lhe o caroço antes de congelar.

São muito utilizadas na confecção de doces e geleias.

Dicas de preparação


As ameixas são deliciosas comidas ao natural. Se as conservou no frigorífico permita que aqueçam até a temperatura ambiente antes de as comer permitindo assim que se tornem mais doces e sumarentas. Se quiser primeiro retirar o caroço corte-a ao meio no sentido do comprimento, rode suavemente as metades em direcções opostas e cuidadosamente retire o caroço.

As ameixas podem ser utilizadas numa grande variedade de receitas e são geralmente cozinhadas no forno ou escaldadas. Para cozinhar prefira-as pouco maduras. Se lhes quiser retirar a pele escalde-as em água fervente durante cerca de 30 segundos passando-as de seguida por água fria de forma a parar o escaldamento e permitir o seu manuseio.

As ameixas são também largamente usadas na confecção de doces e geleias.

Sugestões


-Para uma sobremesa deliciosa, escalde as ameixas em vinho tinto e sirva polvilhadas com raspa de casca de limão.

-Cozinhe ameixas em metades no forno a cerca de 90 graus até que enruguem. Misture-as então a uma receita de pão de centeio para obter um pão deliciosamente doce e de sabor pouco vulgar.

-Estufe ameixas, deixe arrefecer e misture-as com iogurte e mel.

-Adicione ameixas fatiadas aos seus cereais preferidos.

Segurança


As ameixas encontram-se entre um pequeno número de alimentos que contêm oxalatos, substância que pode ser encontrada em plantas, animais e seres humanos. Quando o teor de Oxalatos é muito concentrada nos fluidos corporais estes podem cristalizar e causar problemas à saúde. Por esta razão indivíduos com problemas renais e vesícula biliar podem querer evitar comer ameixas.

Estudos laboratoriais demonstraram que os oxalatos podem também interferir ligeiramente na absorção do cálcio pelo organismo, contudo esta capacidade é praticamente insignificante comparada com o contributo em cálcio que os alimentos que contêm oxalatos podem oferecer.

Se o seu sistema digestivo se encontra saudável, e mastiga bem os alimentos obterá benefícios significativos de alimentos ricos em cálcio mesmo que estes contenham oxalatos.

Por norma um profissional de saúde não desencoraja um paciente preocupado em consumir níveis adequados de cálcio de comer estes alimentos devido ao seu conteúdo de oxalatos.


 

Nutrientes por cada 100 Gramas de ameixa
Proximatos
Águag87.23
Energiakcal46
EnergiaKj192
Proteínag0.7
Lípidos, totalg0.28
Cinzasg0.37
Carboidratos por diferençag11.42
Fibra dietética, totalg1.4
Açúcares, totalg9.92
Sacaroseg1.57
Glicose (dextrose)g5.07
Frutoseg3.07
Lactoseg0
Maltoseg0.08
Galactoseg0.14
Amidog0
Minerais
Cálcio , Camg6
Ferro , Femg0.17
Magnésio , Mgmg7
Fósforo , Pmg16
Potássio , Kmg157
Sódio , Namg0
Zinco , Znmg0.1
Cobre , Cumg0.057
Manganésio, Mnmg0.052
Fluoreto, Fmcg2.0
Selénio , Semcg0
Vitaminas
Vitamina Cmg9.5
Tiaminamg0.028
Riboflavinamg0.026
Niacinamg0.417
Ácido pantoténicomg 0.135
Vitamina B-6mg0.029
Folatos, totalmcg5
Ácido fólicomcg0
Folatos (proveniente do alimento)mcg5
Folatos (EDF)mcg_EDF5
Colina, totalmg1.9
Vitamina B-12mcg0
Vitamina B-12, adicionadamcg0
Vitamina A, IUIU345
Vitamina A, RAEmcg_RAE17
Retinolmcg0
Vitamina E, Alfa-tocoferolmg0.26
Vitamina E, (adicionada)mg0
Tocoferol, betamg0
Tocoferol, gamamg0.08
Tocoferol, deltamg0
Vitamina Kmcg6.4
Lípidos
Ácidos gordos saturados, totalg0.017
4:0g 0
6:0g0
8:0g0
10:0g0
12:0g0
14:0g0
16:0g0.014
18:0g0.003
Ácidos gordos monoinsaturados, totalg0.134
16:1 indiferenciadog0.002
18:1 indiferenciadog0.132
20:1g0
22:1 indiferenciadog0
Ácidos gordos polinsaturados, totalg0.044
18:2 indiferenciadog0.044
18:3 indiferenciadog0
18:4g0
20.4 indiferenciadog0
20:5 n-3g0
22:5 n-3g0
22:6 n-3g0
Colesterolmg0
Fitoesteróidesmg7
Aminoácidos
Triptofanog0.009
Treoninag0.010
Isoleucinag0.014
Leucinag0.015
lisinag0.016
Metioninag0.008
Cistinag0.002
Fenilalaninag0.014
Tirosinag0.008
Valinag0.016
Argininag0.009
Histidinag0.009
Alaninag 0.028
Ácido aspárticog 0.352
Ácido glutâmicog 0.035
Glicinag 0.009
Prolinag 0.027
Serinag 0.023
Outros
Álcoolg0
Cafeinamg0
Teobrominamg0
Beta-carotenomcg190
Alfa-carotenomcg0
Beta-Criptoxantinamcg35
Licopenomcg0
Luteína + Zeaxantinamcg73
*(EDF) equivalentes dietéticos de folatos
USDA National Nutrient Database for Standard Reference, Release 20 (2007)

Fonte



Folhas da Figueira

Figo (Ficus carica)
Rico em vitaminas (A, B1, B2 e C), de fácil digestão, o figo só não é indicado para regimes de emagrecimento ou pouco calóricos. Afinal, 1 kg da fruta contém mais de 2.000 calorias! Em compensação, suas propriedades terapêuticas variadas recomendam-no para prevenir doenças e reforçar a saúde.

O figo é uma fruta altamente energética, por ser rica em açúcar. Entre os sais minerais que contém destacam-se o Potássio, o Cálcio e o Fósforo, que contribuem para a formação de ossos e dentes, evitam a fadiga mental e contribuem para a transmissão normal dos impulsos nervosos.
O figo seco é ótimo alimento para as pessoas que gastam muita energia em exercícios musculares. Já o figo fresco é considerado expectorante pela sua eficácia contra inflamações do aparelho respiratório (tosse, catarros).
O figo seco, bem triturado e aplicado em compressas quentes, amadurece e desfaz abscessos e furúnculos. As sementes fazem dele um laxante ativo e suave, estimulando a musculatura do intestino.
A água de figos (secos ou frescos), tomada pela manhã, em jejum, e  à noite ao deitar, normaliza a função intestinal, além de auxiliar a expulsão de vermes intestinais. O figo é recomendado para os que sofrem de doenças do fígado e vesícula biliar. Já os que sofrem de acidez do estômago, artrites ou são obesos, devem evitá-lo.
Em boas condições, o figo fresco conserva-se na geladeira por até uma semana e seu período de safra vai de janeiro a abril. Cem gramas de figo fornecem 62 calorias.
   
Figo é o fruto da figueira, originário da região do meditarrâneo, pertencente à família Moraceae. Seu formato é semelhante ao da pêra e mede entre 3 e 7 cm. Pode ser encontrado de vários tipos com tamanho, forma e cor diferentes, por exemplo, pretos, roxos, vermelhos, verdes ou amarelos.

É plantado em vários países, já que se adapta em diferentes climas. Chegou ao Brasil no século XVI na bagagem dos primeiros colonizadores portugueses. Valinhos, localizado no interior de São Paulo é considerado destaque na produção de figo.

O figo é altamente energético, por ser rico em açúcar. Contém vitamina C, sais minerais como potássio, cálcio e fósforo. Combate inflamações do sistema respiratório. Possui ação laxativa suave, por  conter fibras solúveis. Ajuda na prevenção do câncer, devido à presença da substância benzaldeído.

O figo verde é usado na produção de doces e compotas, o maduro é  consumido in natura e utilizado na preparação de doces em pasta.

figo__________________________________Créditos da foto: Cátia Simone


O período de safra compreende os meses de janeiro a abril.

Partes utilizadas: Folha, fruto e látex branco.

Propriedades medicinais do figo A figueira é uma árvore frutífera da família da Ásia Menor, tendo daí se expandido para a região do Mediterrâneo. Hoje acha-se aclimada no Brasil, para onde foi trazida no século XVI. O figo, do ponto de vista botânico, não é o fruto, mas a polpa das infrutescências da figueira.

Ajuda a tratar de: Amidalites, anemias, bronquites, calos, coqueluche, debilidade orgânica generalizada, escorbuto, gripes, intestino preso, resfriados, sardas, tosse e verrugas.- Rico em cobre e ferro, indicados para os casos de anemia. Considerado também um bom laxativo.

Utilidades Medicinais:
Boca, doenças da 
- Comer o figo cozido em leite. Descascá-lo e picá-lo antes de cozer.
Calos - Aplicar localmente o suco leitoso das folhas e ramos da figueira.
Caspa - Macerar figo seco juntamente com sal e limão. Massagear o couro cabeludo com este preparado.
Constipação intestinal - Recomenda-se substituir, ao longo de semanas, pelo menos uma refeição diária por figos.
Expectoração - Cozinhar o figo, descascado e picado, em leite e um pouco de mel. Compor uma refeição com este preparado. Usar quente. O infuso das folhas de figueira é também recomendado.
Feridas - Aplicar localmente o suco de folhas de figo ou a pasta de figo.
Garganta, doenças da - Cozinhar o figo descascado. Com a água deste decocto gargarejar.
Inflamações em geral - Cozinhar o figo, descascado e picado, em água. Fazer refeições exclusivas deste preparado.

Como realizar o plantio do figo
Característica do Figo
Cultura do FigoPoda da FigueiraPragas do FigoReceitas com figo

Fontes: Fonte: http://www.brasilescola.com/frutas/figo.htm  às 15:23 de 18 de março de 2008.
http://www.vitaminasecia.hpg.ig.com.br/figoorientacao.htm  às 14:51 de 18 de março de 2008.
Essencial - Um guia prático para cuidar da saúde, Editora Nova Cultural Ltda, São Paulo, 2001.
www.todafruta.com.br Data Edição: 07/07/04    
Curso Básico de Fruticultura - Engº. Agroº. Marco Moro - Escritório Regional da EMATER - Pelotas/RS -  2006.

Bibliografia:As Frutas na Medicina Natural
Alfons Balbach
Daniel S. F. Boarim
Edição Vida Plena
(XX11) 464-3888 - Itaquaquecetuba - SP.



Pessegos


Pêssego 
(Prunus persica)

Origem:
 Durante muito tempo se acreditou que o pessegueiro era originário da Pérsia, daí o seu nome Prunus persica. Hoje se sabe que sua origem é chinesa, havendo referências 20 séculos aC.
Foi levado provavelmente da China à Pérsia e daí se espalhou pela Europa, pois já era conhecido pelo mundo greco-romano um século antes de Cristo.
Sua introdução no Brasil ocorreu no ano de 1532 em São Vicente (hoje São Paulo), através de mudas provenientes da Ilha da Madeira, trazidas por Martin Afonso de Souza.
A fruta é apreciada no consumo in natura ou em preparações como caldas, conservas, doces, cristalização, geléias, desidratado em sucos, licores e sorvetes.

A árvore cresce depressa e dá belas flores rosadas ou arroxeadas. A   casca,
recoberta por uma leve penugenzinha, protege a polpa, que, além de doce e saborosa, é rica em
vitamina A.

INDICAÇÃO:
 
O pêssego é uma fonte de alimento pouco calórica. Contém vitaminas antioxidantes. Uma fruta de tamanho médio possui apenas 35 calorias. Ele é rico em uma fibra solúvel, a pectina, que ajuda a reduzir o colesterol sangüineo.


Classificação científica
Reino: Plantae
 
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Género: Prunus
Subgénero: Amygdalus
Espécie: Prunus persica

O pessegueiro (Prunus persica) é uma pequena árvore, nativa da China, de folhas alternas e serreadas, flores roxas e drupas pubescentes, comestíveis e com propriedades aperitivas e digestivas.
 
Com inúmeras variedades hortícolas.
A infusão das folhas e sementes é calmante e as flores são usualmente utilizadas como laxante suave.

pesego
__________________________________Créditos da foto: Cátia Simone


Partes utilizadas:
 Folhas e fruto. Propriedades medicinais do pêssego O pessegueiro é uma árvore da família das Rosáceas, oriunda, segundo Candolle, da China Central, e não da Pérsia, como o nome equivocadamente indica .
Auxilia no bom funcionamento dos órgãos digestivos.

Ajuda a tratar de: Contusões, eliminação de toxinas, erupções na pele, fungos, intestino
preguiçoso, pele cansada, problemas respiratórios, regularização do ácido úrico, tosse
cardíaca.

Utilidades Medicinais:
Erupções cutâneas em geral 
- Cataplasmas locais das folhas frescas amassadas; ou, do decocto concentrado das folhas secas moídas.
Hemorragias - Uso tópico do caroço bem misturado com uma gema de ovo. Remédio Popular.
Hipertensão arterial - Fazer refeições exclusivas de pêssego. Passar alguns dias só com esta fruta.
Verminose - Infuso das flores em jejum.



Trabalhos da Embrapa
 
CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS E SOCIAIS DA PRODUÇÃO DE PÊSSEGO NO RIO GRANDE DO SUL
O pessegueiro é uma espécie nativa da China, com registros que remontam a 20 séculos a C. Estudos indicam que, provavelmente, teria sido levado da China para a Pérsia e de lá se espalhado pela Europa. No Brasil, segundo relatos históricos, o pessegueiro foi introduzido em 1532 por Martim Afonso de Souza, por meio de mudas trazidas da Ilha da Madeira e plantadas em São Vicente (no atual estado de São Paulo).

Segundo dados da FAO (1998), a produção mundial de pêssegos é de aproximadamente 11 milhões de toneladas, sendo os principais produtores a China, a Itália, os EUA e a Espanha. Embora sendo o maior produtor mundial, a China não figura na relação dos países exportadores, o que provavelmente se deve ao grande consumo interno. Ainda com base nessas mesmas estatísticas, na América do Sul, o Chile e a Argentina aparecem na oitava e nona posição, respectivamente, com produção de aproximadamente 280 mil toneladas/ ano e o Brasil na 13º, com uma produção anual de 146.
 

Segundo o IBGE, no período entre 1970-1999, a produção brasileira de pêssego passou de 111 para 159 mil toneladas/ ano, assim distribuídas entre os estados produtores: Rio Grande do Sul: 42%, São Paulo: 22%, Santa Catarina: 19%, Paraná: 11%, Minas Gerais: 5% e os demais estados: 1%. A área de pomares de pessegueiros, segundo essa mesma estatística, passou de 16,6 para 20,7 mil hectares, assim distribuídos: Rio Grande do Sul (51%), Santa Catarina (20%), São Paulo (15%), Paraná (9%), Minas Gerais (4%) e os outros estados (1%). Levantamentos mais recentes, efetuados pela Embrapa Clima Temperado, indicam que, no Rio Grande do Sul, nesse mesmo período, foram agregados mais de 5 mil ha de pomares, sendo que dois deles já se encontram em produção, embora ainda não incorporados às estatísticas. 


Estimando-se, a partir dos dados acima, a produtividade média de cada estado produtor, verifica-se uma disparidade significativa pois, enquanto o maior estado produtor, o Rio Grande do Sul, apresenta uma produtividade de 6,4 ton./ha e Santa Catarina, também tradicional produtor, 7,2 ton./ha, nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo a produtividade é de 9,2; 10,6 e 10,7 ton./ha, respectivamente. Esse fato, provavelmente, está relacionado ao nível tecnológico empregado e à idade média dos pomares nas regiões. 


No Brasil, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm as melhores condições naturais para a produção comercial do pêssego. É possível, no entanto, produzi-lo em outros estados com cultivares menos exigentes de frio ou em estações microclimáticas adequadas às exigências mínimas. 
No Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, é possível se encontrar plantas de pessegueiro em todas as regiões. Entretanto, a produção comercial está concentrada em três pólos que, juntos, segundo a Embrapa Clima Temperado, somam cerca de 13 mil hectares de pomares.

O primeiro dos três pólos mais importantes localiza-se na chamada "Metade Sul" do estado, que compreende 29 municípios e concentra mais de 90% da produção destinada ao processamento industrial de diversas formas, com destaque para a compota. Anualmente são produzidas, em média, 40 milhões de latas de 1 kg de compota destinadas ao mercado interno. Mesmo com um consumo per capita de apenas 0,25 kg, o país tem importado anualmente cerca de 20 milhões de latas da Grécia, Espanha, Argentina e Chile. Entretanto, como resultado das taxações impostas pelo governo às importações, a partir de 1999 houve redução de cerca de 50% dessas importações, beneficiando e protegendo a cadeia produtiva.
Essa atividade, em expansão em todo o estado do Rio Grande do Sul, em função do apoio do Governo Federal com programas de financiamento a fundo perdido, tem-se apresentado como uma ótima alternativa aos agricultores da região (Metade Sul). Segundo Madail et al (2002), o sistema de produção atualmente adotado pelos agricultores de base familiar apresenta uma Taxa Interna de Retorno - TIR de 43,9% e o sistema empresarial 38%. Esses valores são superiores às taxas de juros no mercado financeiro ou qualquer outro ativo especulativo. 


O segundo pólo, localizado na Grande Porto Alegre, é composto por nove municípios e produz, em média, segundo João et al (2001), 4.800 toneladas de pêssegos para o consumo in natura numa área de 312 ha, o que representa uma produtividade média de cerca de 15 toneladas/ ha. Trata-se de uma região que apresenta uma importante vantagem competitiva, já que está próxima do principal mercado consumidor do estado (Grande Porto Alegre).

O terceiro pólo está localizado na Encosta Superior do Nordeste, na        região também conhecida como Serra Gaúcha, mais especificamente nos municípios de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Veranópolis, Farroupilha, Flores da Cunha, Nova Pádua, Antônio Prado, Ipê, Pinto Bandeira e Campestre da Serra. Na safra 2000/2001, a região produziu cerca de 46 mil toneladas de pêssego que, na sua totalidade, são destinadas ao mercado de consumo in natura, numa área de aproximadamente 3.200 ha, o que representa uma produtividade superior a 14 toneladas/ ha.
 

Por se tratar de uma região produtora de frutas tradicional, com ênfase especial na viticultura, a ascensão do pêssego passa a ter, na seqüência, uma abordagem mais detalhada nos seus aspectos técnicos e econômicos.
 

A produção de pêssegos na Região da Serra Gaúcha
 

Esse pólo produtor de pêssego ocupa uma área de aproximadamente 3.200 hectares, envolve cerca de 1.860 famílias que exploram a atividade em pequenas áreas, que atingem, em média, 2 hectares.
 

A cultura de frutas de caroço é de grande importância econômica e social para essa região, pois com uma estrutura fundiária baseada em minifúndios e com disponibilidade de mão-de-obra familiar, esses produtores encontram na fruticultura uma ótima alternativa de diversificação da matriz produtiva, absorção da mão-de-obra familiar e geração de renda em pequenas áreas. 

Segundo pesquisa realizada pela Embrapa Uva e Vinho, no período entre 1985 e 1997, a contribuição da cultura do pessegueiro na formação do valor bruto da produção desses estabelecimentos evoluiu de cerca de R$ 62,20 para R$ 1.023,06 (valores deflacionados), o que equivale a um aumento de cerca de 1.600%.

 Entretanto, paralelamente ao crescimento da área e volume de produção, começaram a surgir os problemas tecnológicos e logísticos, típicos dos pólos produtores. 

Os cultivares de pêssego produzidas na região são todas de polpa branca, com destaque para a cultivar Chiripá, que representa 50%, e Marli, com 40% da área total em produção.

 Desse fato, surge uma característica marcante e limitante à competitividade desse pólo produtor que é a concentração da época de safra dessas duas cultivares, que ocorre entre meados de dezembro e meados de janeiro, num período de aproximadamente 25 dias.

 Essa concentração da produção, dada a precária estrutura de logística existente na região, principalmente na capacidade de armazenagem em câmaras frias, transforma-se, por um lado, em excesso de oferta que avilta os preços em nível do produtor e, por outro lado, provoca a queda da qualidade de grande parte do produto em nível do consumidor, já que as cultivares produzidas também apresentam problemas de perecibilidade, estimando-se que mantenham a qualidade para o consumo por, no máximo, 25 dias em boas condições de armazenamento e maturação das frutas. 

Entretanto, os fatores de ordem tecnológica relacionada às cultivares de pêssego cultivadas comercialmente na região (Chiripá e Marli), não se limitam às questões da concentração da oferta e perecibilidade. 

Por serem de ciclo tardio, sofrem intensos ataques de pragas na fase de maturação, exigindo, conseqüentemente, ações de controle que, em muitos casos, são feitas através da intervenção com produtos químicos, o que, além dos aspectos ambientais e de saúde dos produtores, tem um impacto significativo nos custos de produção. 

Esses, entre outros, são fatores que tem dificultado maiores avanços no esforço desenvolvido pela Embrapa Uva e Vinho no sentido de desenvolver um sistema de produção integrada de pêssego para a Região da Serra Gaúcha e que evidenciam a necessidade de uma elevação no patamar tecnológico disponível, a iniciar pela criação ou adaptação de cultivares às condições edafoclimáticas da região. 

 Entretanto, a este esforço da pesquisa deverão ser agregados outros relativos à assistência técnica, políticas creditícias para custeio e investimentos na produção e em estruturas de logística, a partir do que, provavelmente, se estará criando as condições para uma maior organização dos produtores envolvidos com a cultura do pêssego na Serra Gaúcha. 

Embrapa  - Data Edição: 
 25/05/05  
Ver também: 
Como realizar o plantio do pêssego
 
Receitas com pêssego

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAssego às 10:48 de 06/03/2008
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=10339,  às 23:26h; em 2/02/2008. 
Essencial - Um guia prático para cuidar da saúde, Editora Nova Cultural Ltda, São Paulo, 2001. 
 www.todafruta.com.br Data Edição: 07/07/04
Curso Básico de Fruticultura - Engº. Agroº. Marco Moro - Escritório Regional da EMATER - Pelotas/RS -  2006.
Bibliografia:As Frutas na Medicina Natural
Alfons Balbach
Daniel S. F. Boarim
Edição Vida Plena
(XX11) 464-3888 - Itaquaquecetuba - SP.


Fonte





Acerola



É uma fruta que bem poderia ser nativa do Brasil, tem tudo a ver com as nossas nativas; se parece com a pitanga, embora lembre a cereja européia. Propagou-se logo de sua chegada ao Brasil. 

Hoje se tornou popular no mercado de polpas, deixando para traz outras frutas nativas brasileiras, comercialmente. 

Seu cultivo é comum e fácil, de produção satisfatória à partir do terceiro ano de seu plantio. É uma planta rústica, resistente e tem se propagado com facilidade em várias partes do mundo. 

O interesse pela acerola teve início nos anos 40, quando descobriu-se suas propriedades medicinais, principalmente o alto teor de vitamina C, o ácido ascórbico.


 A partir daí ela foi empregada no tratamento da gripe, afecções pulmonares, controle de hemorragias nasais e gengivais, auxiliando também no tratamento de doenças do fígado, aliviar dores musculares e nas articulações, é bom para a irritabilidade, fadiga, perda de apetite, cicatrizante...

De modo geral, fortalece o organismo como um todo e é eficiente no tratamento de anemia. 

É indicado na dieta de lactantes e gestantes, crianças e adolescentes , desnutridos e convalescentes físicos. Ufa!!! essa é uma fruta curandeira mesmo! Veja mais...
Ácido ascórbico, proteínas, pró-vitamina A, sucrose, ácido I-málico, ácido pantotênico, carboidratos, betacaroteno, dextrose, niacina, proteína, riboflavina, sais minerais (cálcio, ferro, fósforo, magnésio, potássio, sódio, tiamina e vitamina B6. Seu conteúdo em ácido ascórbico (vitamina C) é mais elevado do que em frutas como laranja, limão, abacaxi, araçá, kiwi e morango e menor que o camu-camu.
Em sua biografia consta ainda mais: é adstringente, antianêmica, antiescorbútica, antiinflamatória, aperiente, cicatrizante e nutritiva. 


Na Pousada plantamos uns 50 pés de acerola, onde estamos fazendo um laboratório, ou seja, aprendendo a conviver com ela, explorando sua potencialidade e descobrindo outras fontes. Sua polpa é carnuda, às vezes amarela ou vermelha. Sua floração é de furta-cor, baseada nas cores rosa, lilás e branca, em forma de mini-rosinhas. 


O néctar das flores é um bom material de trabalho para abelhas na fabricação de mel, os pássaros, também, são outros bons parceiros.
Família: das Malpighiáceas.
Origem: América Central - Antilhas
Clima: Prefere regiões mais quentes, com temperaturas em torno de 25 à 27ºC.
Solo: Desenvolve-se em qualquer tipo de solo contendo fertilidade mediana.
Porte: Arbustivo, podendo atingir até 3 metros de altura, com tronco se ramificando desde a base.
Propagação: Semente, estaquia e enxertia.
Preparo do solo: O terreno deve ser arado e gradeado para que possa oferecer as condições mínimas necessárias ao desenvolvimento inicial da planta.
Adubação:  A adubação só pode ser recomendada mediante análise do solo e análise foliar. Os elementos químicos que mais limitam a produção são o N, K, Ca.
Espaçamento: 4,0 x 4,0 metros ou 3,0 x 4,0 metros.
Covas de plantio: 40 ou 60 centímetros nas três dimensões.
Plantio: Na estação chuvosa, podendo ser cultivado o ano todo.
Frutificação: 2 a 3 anos após o plantio.
Pragas:  Pulgão, bicudo e mosca-das-frutas.
Doenças: Cercospora ou mancha-das-folhas, verrugose e antracnose.
Produção: Considerando-se espaçamento 4,0 x 4,0 metros, com 625 plantas/ha, cultura irrigada, com 4 safras no ano, a produção pode chegar a 100 kg/planta/ano.
O plantio da acerola se dá bem em qualquer tipo de solo, exige uma fertilização básica, mas bem drenada. 

Prefere locais mais quentes e pode ser cultivada o ano todo. Por essas e outras, a acerola se tornou uma planta quase obrigatória nos quintais, pomares e jardins brasileiros. 


No Brasil a acerola teve um destaque a partir da década de 90, quando divulgado o seu valor nutricional.

 Através dessa divulgação o setor de agroindústria começa a se interessar e passa a incentivar o plantio em alta escala.

 A produção foi tanta que causou uma baixa no produto, provocando uma queda na expansão da plantação. 

O empresário buscou na exportação a solução para escoar sua mercadoria. Houve resposta positiva e hoje o Brasil é o maior produtor e consumidor do mundo.

 O Japão, Europa e Estados Unidos são os grandes importadores.
A aceroleira é de porte médio, em torno de 3 metros de altura, cultivada com a ajuda dos imigrantes, a planta produz várias vezes ao ano. Dizem que se as técnicas recomendadas forem seguidas à risca, a produção pode chegar a 100 quilos por planta ao ano, o que equivale a 62 toneladas por hectare.


Atenção, pesquisas já mostram que a acerola tem sua capacidade de vitamina C diminuída à medida em que vai amadurecendo e em determinada época do ano em que não é sua tradição o teor também é menor.
Recentemente, a EMBRAPA/CE divulgou uma pesquisa onde mostra 4 novos tipos de clones de acerola, que apresentam maior teor de vitamina C e um aumento na capacidade produtiva com frutas mais carnudas e de coloração mais acentuada (vermelho-púrpura forte), tudo isso com um custo reduzido. 

Da polpa pode se fazer sorvetes, sucos, rocamboles, bolos, doces, molhos, licores, saladas, temperos, é só deixar a criatividade viajar...

. A Alemanha consome, anualmente, 40 litros per capita de sucos de acerola.
. É possível intercalar plantações de uvas com pés de acerolas.

. No Pará, na Bahia, em Pernambuco e São Paulo, já existem muitas plantações de acerola, intencionalmente, visando o mercado externo.

. A fruta era guardada a "chaves" em Porto Rico, até ser trazida às escondidas para o Brasil, em 1956, por uma professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

. A acerola é uma fruta que se encaixa perfeitamente na tendência mundial de consumir o que é natural e saudável.

 . A descoberta das potencialidades medicinais da polpa da fruta mostrou que concentra aproximadamente 100 vezes mais vitamina C do que a laranja e o limão, 20 vezes mais que a goiaba e 10 vezes mais que o caju e a amora.

. Os pesquisadores confirmam: 4 unidades desta fruta por dia são o bastante para suprir as necessidades de vitamina C de um adulto saudável.
Já se encontram à venda comprimidos de acerola

Referências bibliográficas

Revistas: 
Revista Globo Rural, Manchete Rural, Agropecuária Estado de Minas, Natureza Frutífera / /  Livros: Fruticultura Brasileira - Pimentel Gomes. Emater/MG



Jabuticaba




Benefícios da jabuticaba à saúde - "Protege e estimulam a reparação dos tecidos ricos em colágeno – principal proteína da pele, responsável pela firmeza e elasticidade; protege contra a aterosclerose; combate as rugas, reduzem a produção de histamina (o que aumenta a resistência do organismo contra a agressão de certas substâncias mutagênicas), o colesterol comum e o LDL (o mau colesterol) e os radicais livres; melhora a circulação sangüínea periférica..."

1) Qual a origem da jabuticabeira?

A jabuticaba (do tupi “iapoti kaba” que significa “frutas em botão”), para o orgulho dos brasileiros, é uma fruta silvestre 100% brasileira, típica da Mata Atlântica. É encontrada nas regiões tropicais, do Norte ao Sul do país, e são três as espécies cultivadas. A jabuticaba-sabará (Myrciaria cauliflora) é a mais saborosa, cujos frutos são de tamanho médio. 

2) A jabuticaba é uma fruta rica em antocianidina. Quais os benefícios dessa substância para o organismo?

As antocianidinas pertencem à classe dos bioflavonóides (compostos amplamente distribuídos no reino vegetal, descobertos em 1936, que apresentam ação semelhante à vitamina C; também denominados vitamina P), que conferem às plantas, frutas e flores uma cor que varia do vermelho ao azul. Dentre os grupos de bioflavonóides, encontram-se as pró-antocianidinas, precursoras das antocianidinas. As pró-antocianidinas são atóxicas, solúveis em água e facilmente encontradas nos vegetais; as mais ativas são aquelas extraídas da casca dos pinheiros (patenteada na França, em 1951) e das sementes da uva (também patenteada na França, em 1970). 

Nas últimas duas décadas, inúmeros estudos e pesquisas contribuíram para uma melhor compreensão a respeito das pró-antocianidinas. Experiências em laboratórios demonstraram que as antocianidinas são, aproximadamente, 50 vezes mais potentes do que a vitamina E e 20 vezes mais do que a vitamina C. 

Outros estudos realizados com animais e seres humanos demonstraram que esses compostos apresentam propriedades antioxidantes, capazes de reduzir e combater os radicais livres (moléculas altamente instáveis e reativas que se ligam às células, responsáveis por diversos processos patológicos: inflamações, intoxicações, infarto do miocárdio, doenças degenerativas, câncer e envelhecimento). 

São inúmeros os benefícios das antocianidinas: protegem e estimulam a reparação dos tecidos ricos em colágeno – principal proteína da pele, responsável pela firmeza e elasticidade – (como as paredes das artérias, conferindo proteção contra a aterosclerose) e, conseqüentemente, previnem e combatem as rugas; reduzem a produção de histamina (o que aumenta a resistência do organismo contra a agressão de certas substâncias mutagênicas), o colesterol comum e o LDL (o mau colesterol) e os radicais livres; melhoram a circulação sangüínea periférica; restauram a funcionalidade dos capilares e fortalecem os vasos sangüíneos (prevenindo equimoses, varizes, fragilidade capilar e derrames cerebrais; benificiando, inclusive, os diabéticos); protegem as células cerebrais (o que auxilia na melhora da memória e combate à senilidade); melhoram as defesas imunológicas, a resistência física e a disposição, a elasticidade muscular e a visão (juntamente com outros antioxidantes, fitoterápicos e suplementos nutricionais, combatem a degeneração macular dos olhos – a perda progressiva da visão –, dentre outros problemas oftalmológicos); auxiliam na estabilização da taxa de açúcar no sangue dos diabéticos; apresentam propriedades anticancerígenas, etc.  

3) Qual a quantidade da substância na fruta? Uma jabuticaba ou uma porção de 100 g, por exemplo, teria quanto de antocianidina? 

Não obstante serem ainda poucas as pesquisas realizadas no Brasil sobre a jabuticaba, segundo dados recentes da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), cada grama de jabuticaba contém cerca de 314 miligramas de antocianidina. 

4) É verdade que a jabuticaba tem mais antocianidina que as uvas? Há índices para essa comparação?
Sim. Segundo a mesma UNICAMP, um grama de uva contém cerca de 227 mg de antocianidina, enquanto que a amora (também muito benéfica para os olhos), 290 mg. 

5) A antocianidina é encontrada apenas na casca? Como boa parte das pessoas descarta a casca na hora de comer a fruta, qual é sua sugestão para que não se dispense o consumo das antocianidinas da jabuticaba?

Na jabuticaba sim. Os bioflavonóides (vitamina P) estão presentes, principalmente, nas frutas cítricas (em maior concentração nas partes brancas internas dos frutos e, muitas vezes, participam de sua coloração) e nas pimentas vermelhas. As pró-antocianidinas encontram-se presentes em muitos vegetais, frutas e plantas, mas principalmente nas sementes da uva, na casca dos pinheiros, no espinheiro-bravo (Crataegus oxyacantha), no mirtilo (Vaccinium myrtillus ou Bilberry) e na groselha-preta (Blackcurrent). Recomenda-se utilizar a fruta fresca (a casca e a polpa) na confecção de um saboroso suco, batendo-as com água no liquidificador e depois coar. Deve-se tomar o suco fresco para se aproveitar melhor o sabor e os nutrientes presentes na fruta, evitando-se a sua oxidação. 

6) Além das antocianidinas, há outras susbtâncias benéficas na casca? 

A casca da jabuticaba é rica em pectina (fibra solúvel), que auxilia na redução da velocidade de absorção dos alimentos, à medida que são ingeridos. É indicada nos casos de hipoglicemia e diabetes, pois contribui, neses casos, para que os níveis de glicose (açúcar) no sangue sejam mantidos mais próximos da normalidade. Contribui para a desintoxicação orgânica (pois auxilia na remoção das toxinas e dos metais pesados); auxilia no combate do excesso de colesterol, o que diminui o risco de cálculos biliares e de doenças cardiovasculares; e melhora a função da vesícula biliar. Outras fontes naturais de pectina: maçã, cenoura, beterraba, repolho, frutas cítricas, uva, banana, ervilha, leguminosas e casca da cebola. As fibras solúveis (encontradas nas frutas; ervilhas; feijões secos; cevada; aveia; goma de guar, planta nativa da Índia; mucilagens e pectinas) são melhores para auxiliar no controle do colesterol e no combate da obesidade e do diabetes. Já as fibras insolúveis (farelo de trigo) são mais indicadas para a saúde do intestino. 

7) Já a polpa da fruta é rica em que nutrientes? Quais os seus benefícios?

De cor branca, mole e suculenta, a polpa da fruta contém, em 100 gramas: ferro: 1,90 mg (combate anemia); fósforo: 14 g (desempenha uma importante função no metabolismo energético; juntamente com outros minerais, auxilia no combate do estresse, da imunodeficiências, do raquitismo e da piorréia alveolodentária – infecção crônica que acomete os elementos de sustentação dos dentes); vitamina C: 12 mg (indicada nas infecções em geral; alergias; asma; glaucoma; varizes; prevenção da catarata e do câncer; aterosclerose; hipertensão arterial; periodontite; imunodeficiências; anemia; depressão; fadiga crônica; diabetes; gota; alcoolismo e tabagismo; hepatite; constipação intestinal, etc.); e niacina (vitamina B3, sua deficiência pode ocasionar fraqueza muscular, indigestão, erupções na pele e anorexia): 2,50 mg. Cada 100 gramas de  jabuticaba contêm, aproximadamente, 45 calorias (considerada pouco calórica). São encontrados também: açúcares (frutose e sacarose) e ácidos orgânicos (cítrico e oxálico). 

8) Qual a recomendação para o consumo de jabuticaba? Quantas porções por semana, por exemplo? 

Na época da safra, deve-se aproveitar para consumi-la (também in natura) diariamente: na forma de sucos (mais saudável, por se aproveitar melhor as antocianidinas presentes nas cascas), geléias, etc. Deve-se evitar adoçar muito o suco, pois a fruta já é doce. Já em condições especiais de saúde, devem ser seguidas as orientações terapêuticas de um naturopata.

9) Qual a melhor forma para consumi-la? Fresca, em sucos, geléias, outros pratos...

Como a jabuticaba é rica em açúcar, deve ser colhida e consumida na hora (fresca), para evitar-se a sua fermentação, conseqüentemente, a alteração do seu sabor e de seu valor nutricional. Quando colhidas, as jabuticabas se deterioram muito rapidamete, por isso devem ser consumidas no mesmo dia. Para sua preservação por um ou dois dias, devem ser lavadas, enxutas e guardadas na gaveta da geladeira. 

10) O senhor tem alguma receita saborosa que leva jabuticaba? 

Além da conhecida e tradicional receita de geléia, a jabuticaba também é utilizada na produção de vinho; licor e xarope (à base de mel). Juntamente com outras frutas, elaboram-se deliciosos e nutritivos sucos (morango, acerola, laranja, abacaxi, jambo, caju, uva, etc.). Adicionando-se algumas gotas de limão fresco ao suco de jabuticaba, ele adquire uma coloração avermelhada. Batendo-se a polpa e a casca da jabuticaba com abacaxi, o suco torna-se azulado. Essas variações de cor ocorrem devido às diferenças do pH ácido das frutas. O extrato da casca da fruta é utilizado como corante de vinhos e vinagres.

11) Há algum tipo de problema de saúde específico que seja combatido pela jabuticaba?

Na naturopatia, utiliza-se o suco fresco e o chá da casca nos casos de alergias, imunodeficiências, fragilidade capilar, doenças degenerativas da visão, amigdalite, angina pectoris, disenterias (infecção intestinal), varizes e erisipela (doença cutânea infectocontagiosa aguda); o chá e o xarope (com mel) da entrecasca e polpa da fruta, nos casos de anemia, estresse, asma, bronquite, gripes e resfriados. 

12) Entre as crianças a fruta traz algum benefício? E para as gestantes?

Sim. O consumo da fruta pelas crianças, com o cuidado de se não consumirem os caroços, é muito benéfico para o seu desenvolvimento saudável. Essa fruta é muito benéfica à saúde da gestante e do bebê. 


Uva

Propriedades Medicinais da Uva

Originária do árido Cáucaso, na Ásia, a uva é uma das frutas mais antigas utilizadas na alimentação humana e a sua produção se espalha por todo o mundo. Sua origem vem de 6.000 AC. No Brasil o cultivo da videira começou em 1535, na Capitania de São Vicente trazida pelos portugueses. A imigração italiana em São Paulo e no Rio Grande do Sul no final do século XIX deu um grande impulso à cultura.

A uva é uma das frutas mais exportadas e também uma das mais importadas pelo Brasil.
Uvas chilenas, americanas, argentinas tem no Brasil um mercado cada vez maior. 
A região Sul apresenta-se como a maior produtora de uva do país, vale ressaltar que a uva produzida nessa região destina-se, principalmente, à produção de vinho, enquanto nas regiões Sudeste e Nordeste predominam a produção de uvas de mesa.
O consumidor pode saborear uva o ano todo. 
Pesquisas sobre os hábitos de compra mostram que os consumidores procuram a uva nas gôndolas e que a doçura da baga é a característica determinante da compra.

Propriedades Nutricionais:
- É rica em carboidratos.
- Apresenta pequenas quantidades de vitaminas do complexo B e vitamina C.
- Fornece boas doses de minerais como potássio, cálcio, fósforo, magnésio, cobre.

Valor Calórico:
100 gramas de uva fornecem 68 calorias
- Água 72,92%
- Albumina 0,38%
- Glicose 23,51%
- Outros hidratos de carbono 2,23%
- Cremor de tártaro 0,52%
- Ácido tartárico 0,29%
- Outros ácidos 0,29%
- Minerais 0,50%.

Tipos de uvas:
- Uva Itália.
- Red Globe.
- Benitaka.
- Brasil.

UVA : Fonte de Saúde!
- Vinho mais que sabor e prazer, é uma fonte de saúde!

- Consumo moderado: uma taça de 100ml para as mulheres e duas para os homens.

A tese de doutorado da cardiologista Silmara Regina Coimbra médica assistente do INCOR, comprovou que tanto o vinho tinto quanto o suco de uva, provocam o mesmo efeito. 
Tanto no vinho e no suco encontramos 2 elementos:

- Resveratrol: responsável por eliminar as plaquetas que provocam coágulos e entopem as artérias.

- Flavonóides: são antioxidantes, inibem a formação dos radicais livres, que provocam o envelhecimento das células e, por conseqüência, deixam o organismo mais vulnerável a doenças.

DEMAIS BENEFÍCIOS:
 
- Ajuda a ativar os rins, diurética.

- Suave laxante e atua contra várias enfermidades do intestino, fígado e abdômen.

- Rico depósito de compostos antioxidantes e anticancerígenos.
- A Casca da uva aumenta o colesterol HDL, considerado o bom colesterol.

- A Uva verde tem poderes antibacterianos e antivirais. 
- O óleo da semente da uva também aumenta o colesterol HDL, considerado o bom colesterol.

- A Uva vermelha possui alto teor do antioxidante quercetina. 
- As Proantocianidinas são extraídas das sementes de uva.

- As propriedades antioxidantes, e efeitos ligados à saúde capilar e à  permeabilidade, além de possibilitar o controle do colesterol.
- As Proantocianidinas são de 15 a 25 vezes mais potentes que a vitamina E para neutralizar radicais livres.

Da próxima vez que for saborear um cacho de uvas, você já vai pensar diferente, não ?

Referências Bibliográficas:







Abacate




Nome científicoPersea americana C. Bauh


FamíliaLauráceas
Sinonímia popularAbacate, abacateiro
Parte usadaFolha, fruto (polpa) e semente (caroço)
Propriedades terapêuticasDiurética, carminativa, afrodisíaca
Indicações terapêuticasDiarréia, disenteria, dor de cabeça, contusão

Informações complementares O fruto (polpa) e o caroço (semente) devem ser consumidos ainda frescos, podendo ficar na geladeira por algum tempo. A folha pode ser usada verde ou seca em geral para fazer chá. 

O chá da folha do abacateiro é diurético e carminativo (elimina gases intestinais) e ajuda a vesícula a liberar a bile, melhorando a digestão das gorduras. Evite tomar grandes quantidades diárias do chá (mais de 2 xícaras/dia), pois sendo diurético pode reduzir muita a  pressão arterial em pessoas que tenham essa doença.
Sendo diurético também procure tomar pela manhã e no máximo até 17 horas. 

O caroço (semente) tostado e moído bem fino combate a diarréia e a disenteria. 

A polpa do abacate é considerada afrodisíaca. Já no caroço (semente) concentra-se parte do poder de aumentar a libido. 

A polpa pode ser consumida com mel ou melaço de cana (use pouco) e recomendo evitar o uso de qualquer tipo de açúcar, seja o branco, invertido, demerado ou mascavo. Pode ser misturado com iogurte e outros alimentos. 

A polpa é muito rica em nutrientes, vitaminas, sais minerais, antioxidantes e principalmente gordura boa. Suas gorduras são parecidas com as do azeite de oliva e seu teor de colesterol é irrisório ao contrário do que muita gente pensa. É boa para o coração e vasos. 

O abacate escurece por ação do oxigênio do ar sobre os nutrientes contidos na polpa produzindo radicais livres. Assim acontece com a banana, a maçã, batata e outros vegetais depois de cortados quando perdem a proteção da casca que funciona como uma roupa protetora. Para evitar o escurecimento da polpa passe um pouco de limão, rico em vitamina C, que tem ação anti-radicais livres. 

As cascas são ricas em fitonutrientes que protegem as plantas contra a ação dos radicais livres. É por isso que deve-se comer a casca de algumas verduras e frutas. Com isso estamos consumindo seus nutrientes que também nos protege. 

Mas existe um cuidado a ser tomado. Algumas frutas como o morango - um dos mais ricos em nutrientes, ao serem cultivados recebem uma carga muito grande de herbicidas que se acumulam exatamente na casca. Outros alimentos também tratados com muito herbicida são o tomate e a batata do reino. 

Procure comprar em feiras onde se vendem produtos sem uso de agrotóxicos e de boa procedência.
Do ponto de vista prático seu uso mais freqüente em fitoterapia é como chá diurético. 

 Dosagem indicada
Afrodisíaco
O macerado do caroço (sem a folha, nem cânfora) preparado com vinho branco ou álcool de cereais para se obter um extrato também é usado como afrodisíaco. Deixar em infusão durante pelo menos 20 dias (quanto mais tempo melhor) em frasco de vidro escuro, protegido da luz. Procure agitar pelos menos uma vez ao dia. Depois de pronto pode-se tomar um cálice/dia. 


Creme amaciante para face ou mãos
Polpa do fruto maduro, mel de abelha. Amasse, faça uma massa cremosa (1/4 da polpa, 1 colher de sopa de mel de abelha). Aplique e deixe cerca de 30 a 40 minutos. Retire com água fria. Use pelo menos duas vezes por semana. 


Dores de cabeça reumáticas e contusões
A folha e a semente picadas colocadas em repouso durante pelo menos 5 dias combate dores de cabeça, reumáticas e contusões. Infusão: 1 colher picada de folha, outra de semente ralada, 1 xícara de álcool de cereais a 60%, 1 pedra de cânfora; aplicar nas partes doloridas com chumaço de algodão. Essa infusão não deve ser bebida, é para uso tópico no local afetado.

 Cuidado
A polpa é muito rica em calorias e deve ser evitada por quem faz dieta para perder peso. Já para atletas e malhadores de academias, desde de que orientados, é uma boa fonte de energia, substituindo com larga vantagem as mortais e venenosas margarinas e manteigas.

 Uso culinário
Com a polpa, azeite de oliva e iogurte natural desnatado e uma pitada de sal marinho iodado se faz um delicioso e nutritivo creme que pode ser usado no lugar da manteiga, margarina e maionese industrializada


Fonte



Tamarindo
O tamarindo ou tamarino, como também é chamado, é uma fruta originária da África equatorial e da Índia. Os árabes a denominavam de “Tamr al-Hindi”, que significa “tâmara da Índia”. Antigamente, o tamarindeiro e sua fruta eram considerados maléficos; as armas feitas com a madeira dessas árvores eram vistas como invulneráveis. O tamarindeiro é uma árvore com uma copa densa e pode alcançar até 25m, sendo apreciada também como forma de ornamentação em áreas urbanas. A temperatura média ideal para o desenvolvimento da planta é de 25ºC, em regiões de clima tropical úmido ou árido.

O tamarindo é uma vagem revestida por uma casca não muito grossa, porém dura e quebradiça. No interior da casca, há uma polpa avermelhada, fibrosa, com um alto teor de ácido tartárico.

A fruta demora aproximadamente, 245 dias para chegar à fase de maturação. No período em que as frutas estão amadurecidas, as sementes crescem, a polpa se encolhe e a casca se torna frágil, sendo quebrada facilmente com a mão.

Entre todos os outros frutos, o tamarindo é o que possui o maior teor de proteínas, glicídios e elementos minerais. O tamarindo é utilizado na fabricação de refrescos, sorvetes, pastas, doces, licores, polpas, etc., além de servir como ingrediente de temperos para alimentos. Suas sementes também são usadas como estabilizantes de sucos, outros alimentos industrializados e cola de tecidos.

No Brasil, a fruta é muito consumida nas regiões Norte e Nordeste, tendo se adaptado a essas regiões facilmente, devido ao clima que é mais quente. 





 Autor: Lorrany Boel
Email: lorrany@nutricaoemfoco.com.br

Data de publicação: 08 de dezembro de 2010

Nome científico: Hymenaea stigonocarpa Mart
O termo jatobá refere-se às espécies arbóreas do gênero Hymenaea, da família Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae. O jatobazeiro, conhecido também por jataí ou jutaí, é uma leguminosa típica do cerrado brasileiro. Floresce no período entre dezembro à março e fornece frutos de julho à novembro.

É um fruto muito conhecido dos índios da América Latina por ser uma das frutas místicas. Por assim ser, os índios pesquisavam seus efeitos antes de consumí-lo. Segundo eles, este frut o trazia equilíbrio de anseios, desejos, sentimentos e pensamentos em uma orgia espiritual. Os índios costumavam, em tempos remotos, comer um ou dois pedaços de jatobá e logo após fazer rodas de meditação. Eles cultuavam a fruta e hoje, a árvore (jatobeira ou jatobazeiro), é considerada um patrimônio sagrado no Brasil.

Os frutos de jatobá são em forma de vagens arredondadas, de cor escura e possuem sementes envolvidas por uma polpa amarelo-pálida, farinácea, adocicada, comestível, de sabor e aroma característicos. Para o uso alimentar, a polpa farinácea da fruta é muito apreciada na culinária regional, podendo ser consumida ao natural ou sob a forma de mingau, na elaboração de bolos, pães e biscoitos. No entanto, a farinha precisa ser triturada no pilão ou no liquidificador e peneirada. Também é consumida na forma in natura, geleia e licor.

Apesar da sua utilização na culinária regional, existem poucas informaçôes disponíveis sobre sua composição química, seu valor nutricional e aproveitamento tecnológico.

Recentemente alguns estudos demonstraram que a farinha de jatobá-do-cerrado possui elevado conteúdo de fibra alimentar. O consumo de fibras alimentares está associado com resultados benéficos para o organismo humano e mesmo para a prevenção de algumas doenças crônicas. Os efeitos fisiológicos deste nutriente são responsáveis por alterações nas funções gastrointestinais, aumento da massa fecal, alteração na sensação de saciedade, redução dos níveis de colesterolglicemia einsulina pós-prandial.

O líquido vinoso extraído do tronco parece ter propriedades reconstituintes e tônicas para o organismo, e é usado para o tratamento de úlcera estomacal. A casca é usada contra cistites e prostatites. (SILVA; MELO; FERNADES, 2001)

Em 100g de farinha de jatobá:
Calorias
(Kcal)
Carb.
(g)
Prot.
(g)
Lip
(g)
Fibras
(g)
Ca
(mg)
P
(mg)
Fe
(mg)
VIT.A
(mg) 
VIT.B1
(mg)
VIT.B2
(mg)
 
VIT.C
(mg)
Niacina
(mg)
100g11529,401,00,7053,8731240,830404031,10.5
 1 xícara de chá57,214,70,50,4526,9315,5120,414202015,550,25
REFERÊNCIAS
SILVA, D. B.; SILVA, J. A.; Junqueira, T. V.; MIRANDA, L. R. Frutos do cerrado. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. 178p.
SILVA, A. P. P.; MELO, B.; FERNANDES, N. Fruteiras do cerrado. Disponível em: <http//www.fruticultura iciag.ufu.br/fruteiras%20do%cerrado.html>.
Acesso em: 01 de dez. 2010.

SILVA, M. R.; SILVA, M. S.; MARTINS, K. A.; BORGES, S. Utilização tecnológica dos frutos de jatobá-do-cerrado e de jatobá-da-mata na elaboração de biscoitos fontes de fibra alimentar e isentos de açúcares. Ciência e tecnologia de alimentos, 2001. v.21, n. 2, p.176-182.
SILVA, M. R.; SILVA, M. A. A. P.; CHANG, Y. K. Utilização da farinha de jatobá ( Mart.) na elaboração de biscoitos tipo cookie e avaliação de aceitação por testes sensoriais afetivos univariados emultivariados. Ciencia e Tecnologia de Alimentos , v. 18, n. 1,1998.







Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Rutaceae
Gênero: Citrus
Espécie: C. x sinensis 
INFORMAÇÕES
A laranja é uma fruta cítrica com sabor variando do doce para o levemente azedo.     
É um fruto rico em sais minerais como, por exemplo, fósforo, cálcio e ferro.
Além dos sais minerais, a laranja é rica em vitamina C, possuindo também uma boa quantidade de vitaminas A e do complexo B.
É uma fruta pouco calórica, possuindo aproximadamente 40 calorias por 100 gramas.
A árvore que produz este fruto chama-se laranjeira.
É uma fruta híbrida, criada no passado, a partir do cruzamento da tangerina e do pomelo.
A origem desta fruta é a Índia. A versão doce da fruta foi trazida para o Brasil pelos portugueses, que a conheceram na China.
É uma fruta rica em suco e quando está madura assume a coloração alaranjada ou, em algumas espécies, permanece na cor verde.
A espécies de laranjas mais conhecidas e consumidas no Brasil são: laranja-pêra, laranja-lima, laranja-da-baia, laranja-seleta e laranja-cavala.
A parte interna é formada por pequenas bolsinhas onde se encontra o suco.
É muito utilizada para a produção de sucos e doces, aproveitando-se até mesmo a casca em algumas receitas. 




OR

Fruto da macieira da família “rosaceae” do gênero “malus” no Brasil existem inúmeras variedades as mais populares são: fugi e a gala.
Trata-se de uma das frutas mais antigas cultivada há milênios, destaca-se como um alimento de primeira linha.
Apresenta frutas resistentes que, quando refrigeradas podem durar longo tempo sem estragar, muitas vezes colhidas numa estação e consumidas em outra.
A exemplo do que ocorre na Ásia, Europa e Estados Unidos as quais são colhidas no outono para serem consumidas no inverno.

COMPOSIÇÃO
VALOR NUTRICIONAL P/ 100G

Energia
63,20 kcal
Água
84,40 g
Carboidratos
14,20 g
Proteínas
0,40 g
Lipídios
0,50 g
Cinzas
0,42 g
2 vitamana A
4 re
Vitamina B1 (Tiamina)
45,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina)
100,00 mcg
Vitamina B3 (Niacina)
0,50 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico)
8,00 mg
Potássio
127,00 mg
Fósforo
12,00 mg
Sódio
11,00 mg
Magnésio
8,00 mg
Enxofre
7,00 mg
Cálcio
7,00 mg
Silício
4,00 mg
Ferro
1,00 mg

USO MEDICINAL DA MAÇÃ

Excelente para o sistema digestivo e imunológico, elimina as toxinas e dissolve o ácido úrico. Reduz o colesterol, previne o câncer digestivo, evita alergias, é ótima para dissolver cálculos dos rins e da vesícula.
Desinfetante bucal elimina o mau hálito a prisão de ventre, bom para herpes e eczema.
Combate o artritismo, gota, reumatismo, dor ciática, calmante por natureza proporciona sono relaxante.
Atua também no combate a doenças crônicas de pele, na sífilis. Auxilia na obesidade promovendo a saciedade, depurador sanguíneo, distúrbios intestinais, colite, tônico cardíaco previne o infarto do miocárdio.
Infecções da garganta, fortalece o cérebro, ossos, facilita o funcionamento do fígado indicado ainda na tuberculose, bronquite e asma. Purifica o organismo como um todo, desinfeta e cura sem prejudicar.
Como pudemos constatar a maçã é uma fruta de primeira grandeza, que não pode faltar na alimentação de nenhuma pessoa que queira viver de forma saudável.


DICAS DE USO DA MAÇÃ

1) Coma uma maçã por dia, deve ser escolhida as de cascas brilhantes e mais vermelhas, sem machucaduras.
2) Antes do uso deixe-as no hipoclorito de sódio por dez minutos, para eliminar resíduos de agrotóxicos, após lave-as uma a uma detalhadamente em água corrente, seque-as bem em um pano limpo em seguida está pronta para uso, se guardar na geladeira sua durabilidade se estende por até 30 dias se as frutas estiverem bem firmes, sem perder suas propriedades.
3) Se não tiver gastrite ou úlceras, coma a maçã com as cascas e sementes para aproveitar os sais minerais, vitaminas e princípios ativos existente.
4) Pode ser saboreada também como sucos, tortas, rocamboles e bolos de preferência naturais, evitando–se o uso do açúcar branco e da farinha branca.
5) Evite os sucos industrializados, por conter conservantes químicos, use o suco natural o mais concentrado possível.
6) Para eliminar a tosse, rouquidão, afonia use 200 g de mel de abelhas corte três maçãs em partes leve ao fogo por 10 minutos até formar calda. Após esfriar consumir comendo os pedaços da fruta com a calda. No caso                            da afonia consumir a calda ainda morna. Pode ser usada também para prevenir as crises de asma, e no tratamento da broncopneumonia.
7) Para a cura da faringite fazer refeições exclusivas com maçã três vezes por semana. .
8) Usar o suco de maçã para a cura da frieira lavando as partes afetadas com o suco da fruta diluído em água.
9) Assim como a faringite a maçã cura também as infecções de garganta fazendo gargarejos quente várias vezes ao dia adicionando-se mel.
10) Para assegurar um sono tranqüilo e relaxante tome chá de casca de maça com o mel trinta minutos antes de dormir.
11) Se você atender as recomendações do item 1de nossas dicas, certamente estará protegido contra uma infinidade de doenças, portanto faça da maçã seu alimento diário e com certeza contribuirá muitíssimo para a preservação de sua saúde proporcionando-lhe longevidade de vida. 






Conheça as propriedades e benefícios da Jaca

Fruta, ignorada muitas vezes por sua aparência e tamanho, é rica em fibras, vitaminas e minerais
A semente da Jaca é estudada por pesquisadores da USP de Ribeirão Preto / Warmer / Shutterstock  
 
A semente da Jaca é estudada por pesquisadores da USP de Ribeirão Preto Warmer / Shutterstock
A Artocarpus hetrophyllus, conhecida popularmente como jaca, é uma fruta originária das florestas úmidas da Índia que acabou se dando muito bem no ambiente tropical brasileiro. Devido à estranheza de sua aparência, cheiro e tamanho a fruta é normalmente deixada de lado no cardápio de grande parte dos brasileiros. No entanto, ela apresenta diversos benefícios nutricionais. 

Assim como todas as frutas, a jaca é rica em vitaminas e minerais. Segundo a nutricionista Mirian Martinez, do Hospital São Luiz, “a jaca é rica em fibras, cálcio, ferro, fósforo, vitaminas do complexo B (B2 e B5) e vitamina C”. Por apresentar todas essas características, é um alimento que ajuda na digestão, na construção de ossos e cartilagens além de fortalecer o sistema imunológico. 

Mirian ainda conta que “foi descoberto na jaca algumas propriedades anti-tosse além de fatores altamente cicatrizante em tecidos”. Ainda segundo a nutricionista a melhor forma para se consumir esse alimento obtendo todos esses benefícios é em sucos, vitaminas ou na fruta pura. 

O fato de ser uma fruta muito grande - algumas podem chegar até 20 quilos - também fazem com que alguns não tenham o hábito de consumí-la. Nesse caso, Mirian diz que uma das opções é fazer doces, geleias e ainda separá-la em pequenas porções para guardar na geladeira. 

“Mesmo na geladeira a durabilidade da jaca é muito pequena, em três dias pode ser que ela estrague, por isso, o melhor mesmo é abrí-la em locais com muitas pessoas que possam consumí-la de uma vez” conta Mirian. 

Pesquisas com a semente

Pesquisadores brasileiros que trabalham com a fruta no Departamento de Biologia Celular e Molecular da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), campus de Ribeirão Preto, no interior do estado, descobriram que a semente da jaca também tem propriedades benéficas ao organismo humano.

A professora Maria Cristina Roque Barreira, que coordena esses estudos, explica que “o trabalho no laboratório obtém da semente da jaca proteínas com aplicação biotecnológica, como é o caso da jacalina; e aplicação farmacêutica, como ArtinM”. 


A primeira proteína, a jacalina, liga-se seletivamente a um tipo de cadeia que faz parte dos anticorpos presentes em secreções como o leite materno. Segundo Barreira, desta forma “a jacalina é uma ferramenta muito adequada para isolar esses anticorpos, bem como para dosá-los e mesmo caracterizá-los quanto à correta associação com açúcares fazendo com que eles desempenhem bem o seu papel para proteger o corpo humano”. 

Já a ArtinM, purificada no laboratório da USP, tem o efeito de reparar tecidos lesados, como a pele que sofre queimadura, ou a córnea ulcerada. A professora explica que “a aplicação de ArtinM no local provoca o afluxo de células que contêm cadeias de açúcares que são alvo da ligação por ArtinM. Estimuladas pela ligação, essas células são ativadas e soltam substâncias que aceleram o processo de cicatrização”.

 Fonte
 


 


A goiaba tem grande valor nutritivo, principalmente pelo seu alto teor de vitamina C, importante no combate às infecções, hemorragias, fortalecimento dos ossos e dentes, cicatrização de cortes e queimaduras. Possui também vitamina A, boa à visão, conserva a saúde da pele e das mucosas e auxilia no crescimento e, vitamina B1, que ajuda na regularização do sistema nervoso e aparelho digestivo, tonificando, ainda o músculo cardíaco.
Contém também sais minerais como Cálcio, Fósforo e Ferro que contribuem para a formação dos ossos, dentes e sangue.
É indicada para pessoas de todas as idades, podendo constar de qualquer tipo de dieta. Só deve ser evitada por aqueles que possuem aparelho digestivo delicado, ou que tenham problemas intestinais (diarréias, estomatites).
Sob a forma de chá, é eficiente em gargarejos, nas infecções da boca e garganta, ou para lavagens de úlceras e irritações vaginais.
De preferëncia, a goiaba deve ser consumida ao natural, quando conserva todos os seus princípios nutritivos, principalmente a vitamina C.
Curiosidades:
Você sabia que a goiaba é a campeã em vitamina C, ela tem o dobro da concentração do limão, por exemplo. Sendo a goiaba branca a que possui a maior concentração de vitamina C.
Para manter os níveis de vitamina C é interessante comer a fruta “in natura”. Além dessa importante vitamina, a goiaba também possui vitamina AB1B2 e B6.
A goiabeira (Psidium guajava) é um arbusto ou árvore pequena da família das mirtáceas, nativa de regiões tropicais das Américas, produtora do fruto chamado goiaba. Tal espécie possui casca tanífera, folhas obovadas, utilizadas como antidiarréicas e de que se extrai óleo essencial, flores pequenas, brancas.
Seu fruto é em forma de bagas verdes ou amarelas com polpa aromática, branca, rósea, avermelhada ou arroxeada, muito consumidas ao natural ou em compotas, doces, sorvetes e geléias.
Também é conhecida pelos nomes de araçá-guaçu, araçaíba, araçá-mirim, araçauaçu, goiabagoiabeira-brancagoiabeira-vermelha, guaiaba, guaiava, guava, guiaba, mepera e pereira.





Propriedades do COCO:

Devido as propriedades do coco, é uma fruta indicada para curar várias doenças.

O coco, rico em fibras e potássio, é calmante, combate a febre, vermes, útil nas inflamações intestinais, como também mantem o bom funcionamento do coração, pois normaliza a pressão arterial, atua nas funções síquicas e musculares.


A água de coco contém sais minerais, como sódio, potássio, cloro e glicose.


O leite de coco é rico em gordura, sais minerais e algumas proteínas.


A água do coco recupera os organismos desidratados. 

 

 

 

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